O 31º aniversário da Ambitur serviu de mote para sabermos qual a visão dos Conselheiros Ambitur sobre o futuro do turismo nacional, neste momento que muitos consideram ser de viragem da confiança do consumidor. Para se ter uma perspetiva ainda mais abrangente do que se pode passar nos próximos temos no negócio turístico nacional, acrescentámos ainda a posição institucional da secretaria de Estado do Turismo e do Turismo de Portugal, assim como a análise da nova equipa de gestão da TAP. Fica aqui o testemunho de José Lopes, diretor easyJet para Portugal.
Durante os últimos meses, as companhias aéreas pilotaram uma indústria com o motor ao ralenti.
Confinamentos intermináveis, deslocações proibidas pelos governos, voos adiados por tempos indefinidos. Agora, parece que se encontra finalmente uma luz ao fundo túnel, com medidas comuns nos países europeus e que permitem às pessoas retomar as suas viagens aéreas seja em lazer, em trabalho ou até para reencontrar familiares ou amigos. Com isto, os passageiros que há tanto sonham por regressar a viajar, podem fazê-lo, cada vez com mais confiança.
É tempo de recuperar aquele que é o negócio da aviação e consequentemente, o negócio do turismo. Em Portugal, no resto da Europa ou do mundo, a circulação aérea é um elemento fundamental e que contribui em grande escala para a retoma da economia. É por isso que a easyJet tem trabalhado em prol de uma oferta cada vez mais ampla e acessível para os seus clientes, transformando-se simultaneamente numa companhia cada vez mais sustentável.
Tanto no contexto português como no resto da nossa rede, verificamos um enorme interesse das pessoas em viajar, o que se reflete no número de reservas, que se encontra a caminhar para o que registávamos antes da pandemia. Contudo, para que se volte a alcançar este patamar de forma célere, é necessário que não existam entraves relacionados com taxas, nomeadamente as aeroportuárias e de controlo de tráfego aéreo. A easyJet defende que estes devem ser suspensos, de forma a que todos os intervenientes na indústria possam beneficiar das mesmas oportunidades. É também necessário adotar novos mecanismos e alocar investimento que promova a indústria e os próprios destinos.
É nesse âmbito que a easyJet anunciou recentemente mais uma aposta no mercado português, adicionando um novo avião para o verão de 2022 na base de Faro, inaugurada em junho deste ano. Este movimento, além de confirmar o nosso compromisso com o país, contribui para o crescimento sustentável da região do Algarve, promovendo 30 novos postos de trabalho. Congratulamo-nos ainda por estender esta ação para Espanha, ao adicionar 4 aviões nas bases sazonais de Málaga e Palma de Maiorca. Com esta aposta, criamos cerca de 150 empregos diretos para pilotos e tripulantes ao abrigo de contratos locais na Península Ibérica.
Nesta viagem a caminho da retoma, avaliamos constantemente novas oportunidades, pelo que atendendo ao sucesso das nossas operações e procurando satisfazer as necessidades dos nossos clientes, adicionámos 8.000 lugares aos voos entre as cidades de Lisboa e do Porto para o Funchal. Além de sermos a companhia aérea líder a operar na Madeira, somos orgulhosamente uma das companhias aéreas mais fortes em Portugal, com quase 7,2 milhões de passageiros transportados de e para o país durante a pré-pandemia.
Contudo, os descontos em voos e os aumentos de capacidade não são por si só, suficientes para ultrapassar os desafios que a aviação enfrenta. Além da recuperação a nível económico, é importante colocarmos os olhos no que se refere ao nível da sustentabilidade. Neste tópico, a easyJet tem procurado incentivar a indústria e o governo a trabalharem em colaboração com o objetivo de produzir a tecnologia de emissão zero necessária para transformar o setor da aviação no futuro. Enquanto companhia aérea, estamos empenhados em atingir emissões de carbono zero até 2050 e contribuir ativamente para os objetivos estabelecidos no Acordo Verde Europeu e no Acordo de Paris.
Estamos a percorrer uma viagem com destino a uma aviação que alcance os valores de normalidade, do passado, ao mesmo tempo que preparamos a descolagem para a aviação do futuro, que começa agora.