António Costa avisa que reestruturação da TAP terá consequências no emprego da companhia

O primeiro-ministro afirmou esta sexta-feira que o futuro programa de reestruturação da TAP terá de ser negociado com a Comissão Europeia, mas avisou que terá seguramente consequências no número de voos e no emprego da companhia área, noticiou a Agência Lusa.

António Costa falava aos jornalistas na Assembleia da República, após ter sido aprovado em votação final global a proposta do Governo de Orçamento Suplementar para 2020. “Quando a Comissão Europeia autoriza medidas de ajuda de Estado isso tem uma contrapartida, que, necessariamente, é haver um reajustamento da empresa, de forma a que não haja uma distorção excessiva da concorrência. Esse programa de reestruturação terá agora de ser negociado entre Portugal e a União Europeia”, apontou.

De acordo com o primeiro-ministro, “todos sabem que, para haver agora esse financiamento, a reestruturação vai ter que existir, implicando seguramente uma diminuição do número de rotas da TAP, uma diminuição do número de aviões da TAP, o que necessariamente terá consequências sobre o emprego da TAP”.

António Costa foi perentório: “Não vale a pena estarmos com ilusões e a esconder, porque seria o mesmo que dizer a uma pessoa que vai ser operada que não irá ter dores na operação. Em qualquer operação há uma dor. A operação tem como objetivo não provocar a dor, mas tratar as pessoas e recuperar as pessoas” Ou seja, segundo o líder do executivo, o programa de reestruturação da TAP “tem também esse objetivo”, tendo, “obviamente, uma dimensão social”.