António Costa não aborda temática do aeroporto de Lisboa

A III Cimeira do Turismo Português, iniciativa promovida pela Confederação do Turismo Português, que decorre durante o dia de hoje, no Museu do Oriente, juntando-se desta forma às comemorações do Dia Mundial do Turismo, contou na sessão de abertura com a intervenção do Primeiro Ministro, António Costa. O governante enfatizou a importância da atividade turística para a economia do país e o crescimento registado este ano, considerando que este será um trajeto para continuar.

Mas o responsável, que abordou de uma forma genérica a importância da acessibilidade aérea para o país, assim como as novas rotas que têm sido conseguidas (55 no último ano), deixou passar o momento para abordar a solução para o aeroporto e o colapso que se prevê no Aeroporto Humberto Delgado, que urge em ser tomada, segundo vários intervenientes nos últimos meses, inclusive o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, que dava como prazo para uma decisão o final do ano em curso (durante o discurso da tomada de posse da Associação do Turismo de Lisboa).

Para António Costa, 2016 está a ser “um bom ano turístico. Felicito os operadores que permitiram que tivéssemos tido este crescimento e que nos traz uma responsabilidade que nos indica que de forma sustentada temos que continuar a desenvolver”. Para o Primeiro Ministro, “é importante que continuemos a valorizar a atividade. Essencial continuar a qualificar e aumentar emprego, abater sazonalidade e qualificar oferta, assim como equilibrar desenvolvimento do país”. Numa mensagem política, o Primeiro Ministro avisa que “só quebramos a sazonalidade se aumentarmos oferta e é na economia e não na lei que estão as soluções”.

O responsável valorizou de seguida a criação por parte do atual Governo de condições para que haja investimento, capitalização e estabilidade do sistema financeiro (exemplo CGD e o programa Capitalizar), fator importante para o sucesso empresarial. Como novidade, António Costa trouxe o número 220, ou seja, “num esforço (do atual Governo) para acelerar a utilização dos fundos comunitários, que se prevê que seja de 450 milhões até ao final do ano, do que diz respeito às empresas, 220 milhões de projetos já estão aprovados no âmbito do Portugal 2020”. O governante destacou ainda as medidas tomadas pelo atual executivo relativamente às empresas, como a redução de custos de contexto, Simplex Mais, “de forma a simplificar todo o processo de licenciamento”.

De seguida, perante uma plateia com alguns empresários turísticos, o responsável lembrou a promessa feita em campanha da “redução da taxa do IVA na restauração, sem aumento do IVA na hotelaria”. Relativamente à acessibilidade ao nosso país, António Costa realçou o “aumento e diversificação de rotas aéreas, 55 novas rotas para Portugal, um esforço que continuará a ser feito”.

Recuando ao seu tempo de presidente da Câmara de Lisboa e de presidente da Associação do Turismo de Lisboa, António Costa não deixou passar a oportunidade de fazer a referência à taxa turística, da qual considera que Fernando Medina está a dar “um grande uso”. Reportando-se ao Turismo de Lisboa, considera o Primeiro Ministro, que este é o exemplo “como as parcerias entre o Estado, municípios e empresas, têm uma capacidade única de fazer aparecer e transformar os territórios. Se há turismo a mais agora (na cidade de Lisboa), há nove anos alguns dos locais mais procurados hoje estavam abandonados. Isto significa que ao longo de nove anos Estado, municípios e privados transformaram territórios abandonados naqueles que geram riqueza”.