António Costa: “O Turismo é um setor central na economia”

Já arrancou a 30.ª edição do Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo. Promovido pela Associação da Hoteleira de Portugal (AHP), o evento tem como mote “Turismo – Que Futuro Queremos?”. Até sexta-feira, pelo pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, passarão mais de 25 oradores oriundos do setor.

A sessão de abertura, na manhã desta quinta-feira, contou com a presença de António Costa. O primeiro-ministro português iniciou o seu discurso com um agradecimento público “a todos aqueles que investem no turismo e contribuem para a melhoria da nossa economia”. Em 2017, o emprego atingiu o “valor mais alto com 400 mil pessoas a trabalhar no setor turístico e as receitas turísticas atingiram 15 mil milhões de euros, um valor recorde”, acrescenta.

Este ano, a “boa novidade” mencionada pelo governante é que “as receitas de turismo continuam a crescer 12,2%”, mantendo assim a “tendência da qualificação da nossa oferta e da capacidade de atração do nosso país”.

O setor do Turismo representa “50% das exportações de serviços e já representa 8% do PIB”. Por este motivo, António Costa refere a importância do Turismo como “atividade essencial de riqueza, criação de emprego e um importante motor de coesão territorial”.

Ao estado e ao governo cabe “sermos parceiros” desde setor estratégico, enfatizou o primeiro-ministro várias vezes durante o seu discurso. Olhando para o passado recente, António Costa refere a área da formação das pessoas que trabalham no setor onde se verifica “um reforço de 50%”. Também na “criação de instrumentos financeiros dedicados ao investimento no setor” que nos “últimos três anos mobilizaram cerca de 400 milhões de euros”, no âmbito do Capitalizar. Ainda nesta «parceria» “foram criadas 229 rotas e 285 novas operações aéreas”, nos últimos anos.

Quanto à parceria futura, o responsável aproveitou a ocasião para anunciar uma nova linha de financiamento para o turismo, no âmbito do Capitalizar, que terá um valor de 130 milhões de euros e que visa financiar e capitalizar empresas do setor.Por outro lado, António Costa destaca a relevância de “colocar as empresas do setor, na linha da frente da qualificação ambiental do país”. Foi neste sentido que “criámos uma nova Linha de Apoio à Área da Sustentabilidade do setor do turismo”. O primeiro-ministro explica que “esta ferramenta financeira permitirá um incentivo a fundo perdido de 40 mil euros por cada projeto aprovado”, sendo dirigido “exclusivamente a pequenas e médias empresas para melhoria da gestão da sua eficiência energética, do uso inteligente da água e da melhoria da gestão dos próprios resíduos”.

O primeiro-ministro reforça ainda a importância de “haver um turismo de 365 dias por ano”, para o qual é importante a “captação de novos eventos e congressos. Sendo que, para os próximo anos, estão previstos 130 novos congressos”.

De acordo com António Costa, para que o ritmo de crescimento do Turismo se mantenha é importante “continuar a diversificar a oferta e continuar a mobilizar o turismo como um motor de coesão territorial” e para isso “temos que prosseguir na rota do reforço do investimento”. O primeiro-ministro conclui assim que “é o turismo que faz andar a construção, é o turismo que aproveita a nossa produção agroalimentar e gera uma multiplicidade de serviços. É um setor central na nossa economia”.