APAVT opõe-se à criação de taxas de turismo nos Açores

A criação de taxas de turismo nos Açores, a incidir sobre o alojamento e os passageiros dos cruzeiros, que está enquadrada no projeto de diploma aprovado na generalidade no parlamento regional, merece da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) oposição nos moldes e pelo momento em que foi apresentada.

Em comunicado, a associação explica que se trata “de um agravamento dos custos de contexto da atividade turística que, particularmente na atual conjuntura económica, penaliza a competitividade do destino”.

Acresce que a implementação de uma taxa uniforme para o conjunto de ilhas que compõem o arquipélago dos Açores, a APAVT considera ainda que “trata de modo igual o que é diferente, com todas as desvantagens que daí advêm”.

Por outro lado, a fixação de um valor mínimo para a taxa de alojamento, deixando ao critério de cada uma das autarquias o valor a aplicar, “constitui uma imprevisibilidade que não pode existir na atividade turística e que constituirá, certamente, mais um constrangimento ao desenvolvimento do turismo na Região”, adianta a associação presidida por Pedro Costa Ferreira. E acrescenta que se deixa espaço a que “a voracidades das autarquias provoque a criação de taxas turísticas de valor que acarrete problemas ao nível da competitividade do destino”.

Tendo em conta a importância do Turismo enquanto setor crucial para a retoma e o desenvolvimento da economia nacional, com forte impacto a nível local, a criação destas taxas é, segundo a associação, “absolutamente desajustada” deste desígnio, pelo que a APAVT entende que se deve apelar ao bom senso das autarquias, coartando esta medida à nascença.