Apecate: “Prevemos faturar menos 70% a 80%” face a 2019

A Ambitur.pt tem vindo a auscultar as várias associações nacionais no sentido de saber qual a atual situação dos seus associados perante a pandemia da Covid-19. Em mais uma ronda, António Marques Vidal, presidente da direção da Apecate (Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos), não hesita em afirmar que no que ao seu subsetor diz respeito “o arranque será muito lento, com atividades pontuais”. A expectativa é de que a atividade irá reiniciar assim que possível mas isso não significa que seja sustentável.

“Prevemos que cerca de 40% tem grande probabilidade de não voltar a abrir, ou abrir e ficar vazio”, admite o responsável. E adianta que as estimativas apontam para que faturem menos 70% a 80% face ao ano anterior, dependendo de muitos fatores.

Quanto às medidas já anunciadas pelo Governo, a associação afirma que “foram curtas”. E justifica: “o lay-off não chegou a muitas empresas, os bancos deram crédito a mais de 70%, o único que funcionou foi o microcrédito”. E adianta: “a extensão do lay-off, o apoio real à retoma da atividade económica, o aproveitar para simplificar leis e burocracia desnecessária que travam o setor serão medidas bem-vindas”.

Já no que diz respeito às regulamentações ao nível da higiene e segurança, António Marques Vidal reconhece que “são uma enorme confusão” pois o “Estado vai pela pior via, que é a de proibir, generalizar, implementar regras que já estão desajustadas”. E lembra o “mau trabalho” que está a ser feito relativamente à abertura das praias”.

“A Apecate tem defendido regras claras que responsabilizam os operadores e os clientes”, sublinha o dirigente associativo. Regras estas que defende serem “fáceis e rápidas”.

Além disso, o presidente da associação recorda que todas estas adaptações e o aumento de medidas que impliquem o consumo de materiais terão implicações nos custos e, como tal, no preço final.