No âmbito da recolha pública de angariação de fundos para o Hospital de Campanha do Porto que está a ser promovida, a APHORT – Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo convida o presidente da Câmara Municipal do Porto a aplicar, nesse mesmo projeto, a quantia que a autarquia irá receber proveniente da cobrança da taxa municipal de turismo, relativa aos meses de fevereiro e março, e da taxa municipal de esplanada, relativa ao ano de 2020.
“Esse valor poderá ser considerado como o contributo das empresas de turismo da cidade para a infraestrutura de apoio à saúde criada no Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota”, defende Rodrigo Pinto de Barros, presidente da APHORT. “Tendo em conta que a cobrança dessas taxas aos hotéis e restaurantes da cidade não foi suspensa nem alvo de qualquer tipo de moratória, e numa altura em que a maioria dos hotéis do Porto se encontra de portas fechadas e os poucos restaurantes em atividade se viram obrigados a encerrar as suas esplanadas, por deliberação da própria Câmara, consideramos que esta nossa proposta seria uma medida justa e a forma mais adequada do turismo poder dar um contributo significativo à cidade”, explica.
Considerando as enormes dificuldades que o setor do turismo atravessa neste momento e todo o esforço que grande parte das empresas estão a fazer no sentido de tentar preservar empregos, a APHORT chegou a propor à Câmara Municipal do Porto, no início desta crise, a suspensão das referidas taxas municipais, no âmbito de um pacote de medidas de apoio prioritárias para as empresas turísticas. Esta proposta não chegou, contudo, a recolher a sensibilidade do município, sendo as suas razões desconhecidas para a APHORT.
“Em nome das empresas de turismo da cidade, a APHORT incentiva, assim, a Câmara do Porto a indicar o valor auferido através dessas taxas municipais, e apela a que esse montante possa reverter a favor da proteção da saúde de todos os portuenses, através do projeto do Hospital de Campanha”, refere Rodrigo Pinto de Barros.