APHORT: Medidas para reabertura de bares e discotecas são tardias e geram confusão desnecessária

Mais de um mês após a APHORT (Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo) ter lançado aos empresários de bares o desafio de abrirem portas com regras semelhantes às dos cafés e casas de chá, o Governo anunciou agora a mesma media. Em comunicado esta associação diz “não compreender porque é o Executivo demorou tanto tempo a chegar à mesma conclusão”.

“O Governo ganhava em ouvir mais quem tem soluções para lhe apresentar”, vinca Rodrigo Pinto Barros, presidente da APHORT. “A APHORT desde sempre se mostrou disponível e cooperante com os vários ministérios e autoridades de saúde para, de uma forma proativa, dar uma resposta exequível e eficaz face às circunstâncias excecionais que a pandemia veio impôr e, neste sentido, estas medidas agora anunciadas pecam por tardias”, destaca.

Reconhecendo que esta medida está longe de ser a ideal, a APHORT defende, contudo, que se trata de uma alternativa mais interessante do que manter os bares e discotecas encerrados. Ainda assim, a associação discorda da hora de fecho definida para os bares e discotecas. “Não faz sentido nenhum haver uma disparidade de horários entre os restaurantes e os bares e discotecas, já que todos estes estabelecimentos irão estar, de forma genérica, sujeitos às mesmas regras, nomeadamente no que diz respeito à limitação da lotação, à utilização exclusiva de lugares sentados – no interior e nas esplanadas – e ao cumprimento do distanciamento social”.

Tendo em conta a natureza destes estabelecimentos, dedicados à diversão noturna, a APHORT defende que o horário dos bares e discotecas deveria ser equiparado ao dos restaurantes. “Consideramos que, no atual contexto, o horário deve ser igual para todos. Estas regras diferenciadas só vêm gerar uma confusão desnecessária, quer junto dos empresários, como dos trabalhadores, e até mesmo junto das autoridades de segurança”, defende Rodrigo Pinto Barros.

A APHORT considera que esta situação vem trazer aos bares e discotecas um desafio idêntico ao que foi colocado aos setores da hotelaria e da restauração, que tiveram que se reinventar e criar uma nova dinâmica de funcionamento. Neste sentido, a associação defende que este é um momento para os empresários serem flexíveis e terem alguma criatividade.