APHORT: “O turismo não pode ser só lembrado quando é conveniente”

A APHORT – Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo considera as medidas decretadas pelo Governo, devido ao surto de coronavírus, “insuficientes para o setor do turismo” e apela em comunicado para um “maior esforço de resposta e de flexibilidade nas condições que permitam salvaguardar a tesouraria das empresas”.

À linha de crédito para micro empresas já anunciada, a APHORT acrescenta um conjunto de outras medidas que considera fundamentais, tais como:

  • A possibilidade de um “lay off” mais ágil, no que diz respeito a prazos e processos.
  • A concessão de moratória sem juros, por um período de seis meses, no pagamento da segurança social e do IVA.
  • A concessão de moratória, por um período de seis meses, no pagamento de financiamentos bancários, com juros suportados pelo Turismo de Portugal.
  • A suspensão imediata das taxas municipais que vigoram sobre o setor: a taxa turísticas e a taxa das esplanadas.

Tendo em conta que medidas deste género estão já a ser implementadas em países como Espanha, França e Itália, a APHORT alerta o Governo para a necessidade desta resposta ter um caráter de urgência: “as medidas têm que ser exequíveis, acessíveis a todas as empresas e passíveis de serem postas em prática com a maior rapidez possível”, pode ler-se no mesmo comunicado.

O presidente da APHORT, Rodrigo Pinto Barros, considera que, “para além das famílias e dos cidadãos, é imperativo que o Governo possa também proteger e garantir a saúde das empresas. O turismo não pode ser só lembrado quando é conveniente. Este setor, que tanto tem dado ao país, não pode numa altura destas ser esquecido”.