APHORT: “Os municípios que pensam introduzir uma taxa turística devem analisar o caso do Porto e fazer melhor”

Numa altura em que se assinala um ano da introdução da taxa turística no Porto, a APHORT – Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo, deixa um alerta para os municípios que estão a pensar adotar uma medida semelhante.

“A análise do histórico da aplicação desta taxa no Porto permite-nos hoje concluir, de forma sustentada, que é possível fazer mais e melhor no que toca à criação deste género de regulamentos, prevendo uma maior flexibilidade e capacidade de adaptação aos diferentes tipos de turistas que visitam a cidade”, refere Rodrigo Pinto Barros, presidente da APHORT. “A deslocação de parte do mercado de grupos para fora do Porto (que acabam por optar por ficar alojados em municípios limítrofes onde esta taxa ainda não existe) é uma questão relevante para a qual a nossa Associação já tinha alertado aquando da introdução da taxa nesta autarquia. Esta questão irá ainda assumir uma maior importância a partir do momento em que o já anunciado Super Bock Arena – que, entre outros aspetos, se pretende posicionar como o principal centro de congressos da cidade – for inaugurado. O destino Porto corre o risco de perder a sua competitividade neste segmento”, alerta.

Perante este contexto, a APHORT considera importante que os municípios que venham a introduzir uma taxa turística, como é o caso de Braga ou Guimarães que já anunciaram essa intenção, façam o trabalho de casa e analisem os resultados deste primeiro balanço da aplicação do regulamento criado pela autarquia portuense. “Apesar da APHORT ser contra a taxa turística, acreditamos que, caso as autarquias optem por esta medida, é fundamental que exista um modelo mais flexível, que vá ao encontro das necessidades e das características dos diferentes segmentos que compõem a procura turística”, defende Rodrigo Pinto Barros.