As 10 coisas que os turistas mais “roubam” nos hotéis

Não é novidade que muitos clientes de hotéis costumam levar de “recordação” as amostras de champô, sabonetes ou até as toucas de banho, que podemos encontrar em praticamente todas as casas de banho dos hotéis. Tão pouco surpreende em demasia que, além disso, também se junte uma toalha ou um cinzeiro (quando havia cinzeiros nos quartos dos hotéis) ao lote. Mas na última sondagem disponível no motor de pesquisa de voos e hotéis Jetcost, podem-se encontrar dados ainda mais surpreendentes. A verdade é que, embora se considere que amenities (produtos de higiene), fruta e doces sejam atenções do hotel ao cliente, já o não são as bandejas ou os cestos onde estão colocados e que também costumam desparecer.

Outros roubos ainda têm menos explicação. Há clientes, por exemplo, que levam as pilhas do comando à distância e por vezes até o próprio comando, embora não tenha nenhuma utilidade fora do quarto, outros tiram as lâmpadas dos candeeiros e outros ainda chegam ao extremo de levar a Bíblia da gaveta da mesa-de-cabeceira (apesar de, por ironia, em alguns dos seus capítulos constar o Sétimo Mandamento). Também há aqueles que levam alguma almofada ou cobertor do armário. Outros há, também habituais, que fazem “uma troca” do enchimento do édredon ou da almofada por outro de qualidade inferior. O que mais choca é que, por vezes, esses objetos poucos euros valem, alguns, só cêntimos, se os comparássemos com o preço do quarto que pode custar 100 euros por noite.

Alguns hotéis puderam comprovar roubos que necessitam o uso de chaves de fenda e outro tipo de ferramentas, para poderem levar quadros, maçanetas, secadores de cabelo, toalheiros, espelhos, aparelhos eletrodomésticos, de música, etc. Um lugar especialmente perigoso é a sala de negócios dos hotéis para executivos, de onde chegaram a desaparecerem computadores e impressoras, além de, resmas de papel. O mais curioso é que estes cleptómanos não são conscientes do ato de roubar que justificam como uma recordação.

No entanto, e por sorte, a maioria dessas recordações são de pouco valor embora pouco a pouco o total passe a ser importante. A cadeia de Hotéis Holiday Inn, por exemplo, reconheceu que em 2008 o roubo de toalhas tinha ultrapassado a quantidade de meio milhão. Qualquer hotel de nível médio tem um gasto anual em amenities, que pode superar os 200 mil euros, valor que está diluído no custo do quarto. Quanto mais atrativo é o design ou a marca dos produtos, mais rápido estes desaparecem, por vezes tudo o que esteja disponível todos os dias. Alguns hotéis de cadeias internacionais com produtos de mais qualidade têm à venda na receção do hotel tudo com a marca do mesmo, desde móveis e pratos até roupões e almofadas.

Os amigos do alheio, especialistas em levar coisas dos hotéis, conhecem alguns truques para não levantar suspeitas, como por exemplo com um descuido fazer desaparecer alguma toalha ou roupão ou pequenas garrafas de licor do carro no corredor, quando se procede à limpeza ou reposição nos quartos. Também levar loiça ou talheres das bandejas do room service (serviço de quartos), que deixam no corredor outros clientes, depois de utilizados. Pequenos saleiros ou tijelas onde colocar um ovo passado por água são a tentação. Os roubos também chegam ao serviço de buffet do pequeno-almoço, onde não só se fazem sandes para o lanche, apesar da proibição na maioria dos hotéis de levar comida, como também levam unidades de compotas, queijos e embalagens de pães.

O minibar também é uma tentação. Não é raro que algum cliente consuma uma garrafa de genebra ou vodka e a encha de água, dissimulando a tampa de rosca que as fechava antes. Ou faça o mesmo com as de whisky e conhaque, substituindo o conteúdo por chá ou outro líquido menos conveniente da mesma cor amarelada.

As medidas contra estes roubos, que no conjunto podem chegar a valores consideráveis em alguns hotéis, são complicadas. Em muitos deles é impossível levar os cabides, já que são peças separadas e algumas delas estão fixadas na barra do próprio armário, resultando sem utilidade uma parte sem a outra. Outros instalaram pequenos micros chips em toalhas e roupões que emitem um sinal ao sair do hotel. Em alguns minibares há um sistema eletrónico que regista automaticamente na conta do cliente, cada vez que se retira uma garrafa do mini bar.
Segundo o estudo de Jetcost, mais de 76% dos turistas portugueses reconhecem que, alguma vez levaram alguma coisa do hotel, enquanto os dinamarqueses, são aparentemente, os hóspedes mais escrupulosos, já que 88% deles afirma que jamais roubaram algo do seu quarto do hotel. Neste quadro de honra, seguem-se os holandeses e noruegueses com uns 85% e 84% respetivamente, que afirmam jamais ter levado algo do hotel onde se hospedaram. Pelo contrário, são os espanhóis com 81%, aqueles que em maior percentagem reconhecem ter roubado alguma vez algum objeto dos hotéis onde se hospedaram.

As 10 coisas que mais se roubam nos hotéis:
1.- Amenities da casa de banho (incluindo por vezes a bandeja e o cesto onde estão).
2.- Toalhas, principalmente as maiores.
3. – Lâmpadas, pilhas dos comandos.
4. – Objetos de papelaria, esferográficas, cadernos, revistas, Bíblias…
5. – Flores e frutas, incluindo as jarras ou cestos.
6. – Garrafas de bebidas do minibar bebem-se e não se declaram ou enchem-se de água ou outros líquidos.
7. – Peças de cerâmica, talheres e copos.
8. – Enchimentos de almofadas e edredons.
9. – Toalheiros, secadores de cabelo, espelhos…
10. – Aparelhos elétricos, ferros de passar, relógios, castiçais, DVDs.