As escolhas de … Carlos Bernardo

Nasceu em 1985 e é natural de Abrantes, mas foi na aldeia Rossio ao Sul do Tejo, que passou a sua infância. Quando lhe perguntam a profissão, não se consegue definir profissionalmente numa palavra, por isso afirma ser um “sonhador”.

Sempre gostou de viajar e de viver experiências novas, por isso decidiu investir todo o seu dinheiro a viajar, “mesmo sem saber bem o que iria sair dali, sabia que era por ali.” A grande viagem começou por Portugal, sozinho, de bicicleta e de mochila às costas e, desde então, surgiu “O Meu Escritório Lá Fora”, que acabou por transformar-se num projeto de vida e “muito mais do que um blog”.

Azoris Angra Garden

Último Hotel em Portugal… “Azoris Angra Garden, em Angra do Heroísmo. Ilha Terceira, Açores. Mais um lugar onde me sinto em casa”.

Último Hotel no Estrangeiro… “Kochi Marriott Hotel, na cidade de Kochi, região de Kerala, Índia”.

O melhor destino em Portugal… “Açores. A escolha poderia pender para outro lado. Portugal é um país extraordinário, que tem tanto de pequeno como de diverso, com uma inesgotável fonte de pequenos paraísos. A minha pendeu para os Açores, pois estou a viver uma fase de assumido encantamento com este pedaço de terra no meio do Atlântico. A beleza, a comida, as pessoas, o clima, enfim, tudo parece roçar o perfeito por ali”.

O melhor destino internacional… “Índia. Tenho de destacar a Índia. Foi a minha última grande viagem e venho encantado. Dizem que a Índia tem o poder de mudar, verdadeiramente, uma pessoa. Depois de lá estar, consigo constatar a veracidade de tal afirmação. Um país diferente, caótico, exótico e multicultural, que nos deixa de desconfortáveis, mas que ao mesmo tento nos acolhe com uma ternura nunca antes vista. Não vejo a hora de voltar.

Último Restaurante em Portugal… “Túlipa Restaurante e Restaurante Santa Isabel. Os dois em Abrantes, a minha cidade. Sinto-me em casa, em cada um deles”.

Último Restaurante internacional… “Uma banca de rua em Fort Kochi na Índia. Acho que vou recordar os cheiros daquele lugar para sempre (de uma forma positiva)”.

Um vinho que aconselhe… “Mythos (tinto) do Casal da Coelheira. Um vinho da minha terra, extraído de uva de vinha plantada junto ao rio Tejo. Beber este vinho é beber um pouco da minha história”.

Livro a não perder… “Patagonia – Bruce Chatwin. Não digo que seja o meu livro favorito, mas foi uma inspiração importante para mim”.

Um filme memorável… “Cinema Paradiso. Um filme genial. Assumidamente, o meu filme favorito”.

Artista/compositor preferido… “Sou muito cinematográfico nas minhas escolhas musicais. Gosto de associar músicas a lugares e a imagens, talvez por isso, o que ‘rola’ no meu ouvido constantemente são bandas sonoras de filmes. Por isso, não escolho um compositor ou artista, escolho as bandas sonoras dos filmes do Quentin Tarantino. Todas, sem exceção”.

A praia da sua eleição… “As praias da Ria Formosa. São lindíssimas e transmitem-me um conforto inigualável”.

A melhor cidade do mundo… “Sem dúvida, Abrantes. A minha cidade. É tão bom podermos chamar de casa a alguma coisa”.

A última viagem que fez… “Açores, entre as ilhas do Pico e Terceira”.

A próxima viagem que fará… “Acabei de ser Pai de uma menina muito bonita chamada Alice. Será a minha próxima viagem”.

O que nunca se esquece de levar consigo quando viaja… “Vontade de voltar. Muitas vezes já disse que devo ser o viajante mais caseiro do mundo. É minha profissão e das coisas que mais prazer me dá (viajar). Quero conhecer o mundo inteiro. Mas quero sempre voltar, voltar para a minha casa e para junto dos meus.