Atividade dos cruzeiros em Lisboa com impacto mínimo na qualidade do ar

As emissões poluentes dos navios de cruzeiro não alteram significativamente a qualidade do ar em Lisboa, segundo o estudo “Modelação e Análise do Impacto do Tráfego de Navios de Cruzeiro na Qualidade do Ar na Área Metropolitana da Cidade de Lisboa, Portugal”, promovido pela CLIA – Associação Internacional de Linhas de Cruzeiros, em parceria com o Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Rovira i Virgili.

A análise revela que os níveis de concentração de poluição na capital portuguesa não são influenciados de forma significativa pela atividade de cruzeiros, mas sim por outros fatores, como outros modos de transporte ou fontes residenciais. O estudo analisou os níveis de dióxido de nitrogénio, dióxido de enxofre, monóxido de carbono e material particulado.

Mesmo com um tráfego de navios muito superior ao que o Terminal de Cruzeiros pode acomodar, os resultados para os níveis de dióxido de nitrogénio teriam uma classificação “razoável” ou “moderada”, de acordo com o Índice de Qualidade do Ar da Agência Europeia do Ambiente. Ainda de acordo com os dados analisados, qualquer contribuição dos navios de cruzeiro para o aumento dos níveis locais de vários poluentes atmosféricos, como o dióxido de enxofre e o material particulado, é muito limitada. Em termos de quantidade de monóxido de carbono e de ozono na qualidade do ar local, o impacto da atividade de cruzeiros revela-se mesmo insignificante.

“As questões de sustentabilidade ambiental são estratégicas para a tomada de decisão e, por esse motivo, o Porto de Lisboa tem um conjunto de ações em curso como: o fornecimento de energia em terra, monitorização da qualidade do ar e da água nas zonas envolventes do Terminal de Cruzeiros de Lisboa, e a implementação de um sistema de avaliação e monitorização das taxas de emissões dos navios de cruzeiro durante a escala. Estamos fortemente convencidos que Lisboa, enquanto porto e destino, garante uma resposta sustentável aos desafios que todos enfrentamos hoje e amanhã”, afirma Carlos Correia, presidente do Conselho de Administração do Porto de Lisboa.