O setor do alojamento turístico registou 1,4 milhões de hóspedes e 3,3 milhões de dormidas em fevereiro de 2019, correspondendo a variações de +2,9% e -1,0%, respetivamente (+6,4% e +4,5% em janeiro, pela mesma ordem), segundo dados avançados ontem pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). As dormidas de residentes diminuíram 2,6% (+6,0% em janeiro) e as de não residentes reduziram-se ligeiramente (-0,2%; +3,9% em janeiro). Estes resultados estão condicionados pelo efeito base do Carnaval, que no ano anterior ocorreu em fevereiro.
Em fevereiro de 2019, a estada média (2,42 noites) reduziu-se 3,8% (-2,5% nos residentes e -5,5% nos não residentes). A taxa líquida de ocupação-cama (33,5%) recuou 1,5 p.p. em fevereiro (+0,1 p.p. em janeiro). Os proveitos abrandaram, tendo no total apresentado um crescimento de 4,4% (+8,8% em janeiro), atingindo 172 milhões de euros. Os proveitos de aposento (119,8 milhões de euros) cresceram 2,8% (+8,1% em janeiro).
Hóspedes não residentes continuaram em crescimento
Em fevereiro de 2019, o setor do alojamento turístico registou 1,4 milhões de hóspedes, que proporcionaram 3,3 milhões de dormidas, refletindo-se em variações de +2,9% e -1,0%, respetivamente (+6,4% e +4,5% em janeiro, pela mesma ordem). É de salientar que os resultados estão condicionados pelo efeito base, dado que em 2018 o Carnaval ocorreu em fevereiro, enquanto em 2019 estas festividades decorreram em março.
As dormidas na hotelaria (85,2% do total) registaram uma diminuição de 1,3% em fevereiro. As dormidas nos estabelecimentos de alojamento local (12,9% do total) cresceram 3,1%, enquanto as de turismo no espaço rural e de habitação (1,8% do total) recuaram 10,2%.
Dormidas com redução mais visível no mercado interno
Em fevereiro, o mercado interno contribuiu com 1,0 milhões de dormidas, que representaram um decréscimo de 2,6% (+6,0% em janeiro). Os mercados externos (peso de 69,0% em fevereiro) apresentaram um ligeiro decréscimo (-0,2%, após +3,9% em janeiro) e corresponderam a 2,3 milhões de dormidas. No conjunto dos dois primeiros meses do ano, verificou-se um aumento de 1,6% nas dormidas totais, resultante de variações de +1,3% nos residentes e +1,7% nos não residentes.
Mercado norte-americano com crescimento expressivo
Os dezasseis principais mercados emissores representaram 85,3% das dormidas de não residentes nos estabelecimentos de alojamento turístico em fevereiro. O mercado britânico (18,4% do total das dormidas de não residentes em fevereiro) cresceu 2,1% neste mês e 3,2% no conjunto dos dois primeiros meses do ano.
As dormidas de hóspedes alemães (13,1% do total) apresentaram um decréscimo de 11,8% em fevereiro. Desde o início do ano, este mercado recuou 7%. O mercado espanhol (8,8% do total) registou uma diminuição de 4,5% em fevereiro, tendo apresentado variação nula no conjunto dos dois primeiros meses do ano.
Relativamente a hóspedes de França (quota de 8,6%), verificou-se uma ligeira redução (-0,6%; -2,8% em termos acumulados). Quanto ao mercado brasileiro (6,2% do total), apurou-se um decréscimo de 10,2% nas dormidas em fevereiro. Desde o início do ano, este mercado recuou 1,2%
Em fevereiro destacaram-se os crescimentos registados pelos mercados norte-americano (+32,2%), irlandês (+20,9%) e chinês (+14,5%). No conjunto dos dois primeiros meses do ano, o destaque vai para os mesmos mercados (+29,1%, +17,1% e +21,3%, respetivamente).
Dormidas com evoluções díspares entre regiões
Em fevereiro, as diferentes regiões apresentaram resultados diversos em termos de evolução das dormidas. A RA Açores e o Algarve destacaram-se com crescimentos de 2,1% e 1,2%, respetivamente. Em sentido contrário, o Centro e a RA Madeira apresentaram as maiores reduções (-4,5% e -3,9%, respetivamente).
No conjunto dos dois primeiros meses do ano, o realce vai para os crescimentos de 7,9% no Alentejo (região com um peso de 3,7% nas dormidas totais acumuladas) e de 4,1% no Norte (quota de 15,9% no mesmo período).
Considerando as dormidas de residentes, em fevereiro destacaram-se os acréscimos registados na RA Açores (+9,5%), RA Madeira (+7,7%) e Alentejo (+7,6%). Pelo contrário, o decréscimo mais acentuado registou-se no Centro (-9,5%). Desde o início do ano, o realce vai para as subidas apresentadas pelo Alentejo (+14,2%) e RA Açores (+12,4%).
Em termos de dormidas de não residentes, em fevereiro sobressaiu o crescimento no Centro (+7,1%), sendo ainda de referir as evoluções no Norte (+2,9%) e Algarve (+2,4%) e, em sentido contrário, o decréscimo no Alentejo (-14,1%). Nos dois primeiros meses do ano, evidenciaram-se as evoluções no Centro (+12,5%) e Norte (+6,8%).
Estada média reduziu-se
Em fevereiro, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,42 noites) reduziu-se 3,8%, por efeito das reduções quer dos residentes (-2,5%), quer dos não residentes (-5,5%). Registaram-se reduções da estada média em todas as regiões, mais acentuadamente na RA Açores (-11,9%) e no Algarve (-8,4%). Na RA Madeira e no Algarve as estadas médias atingiram os valores mais elevados: 5,17 e 4,04 noites, respetivamente.
Taxa de ocupação recuou
A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (33,5%) recuou 1,5 p.p. (+0,1 p.p. em janeiro). As taxas de ocupação mais elevadas ocorreram na RA Madeira (53,9%) e AM Lisboa (43,2%), ainda que com decréscimos (-4,7 p.p. e -2,6 p.p., respetivamente).
Proveitos desaceleraram
Os proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram 172 milhões de euros no total e 119,8 milhões de euros relativamente a aposento, traduzindo-se em crescimentos de 4,4% e 2,8%, respetivamente (+8,8% e 8,1% em janeiro, pela mesma ordem).
Entre as várias regiões, em fevereiro sobressaíram os crescimentos registados na RA Açores (+15,2% nos proveitos totais e +10,2% nos de aposento) e no Norte (+10,0% e +8,3%, respetivamente).
Nos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 27,3 euros em fevereiro, o que se traduziu num ligeiro aumento de 0,1%. A AM Lisboa registou o RevPAR mais elevado (45,2 euros). Neste indicador são de destacar os crescimentos na RA Açores (+7,9%) e Algarve (+3,4%).
A variação do RevPAR foi residual em termos globais (+0,1%), tendo sido de +0,3% na hotelaria (ainda que com redução de 1% nos hotéis) e de +2,7% no alojamento local. No turismo no espaço rural verificou-se redução neste indicador (-8,9%). Salienta-se a evolução positiva registada pelos aldeamentos e pelos apartamentos turísticos (+16,2% e +10,3%, respetivamente). No conjunto das pousadas e quintas da Madeira e nos hotéis os valores deste indicador ascenderam a 50,1 euros e 32,4 euros, respetivamente).
Parques de campismo e colónias de férias
Em fevereiro de 2019, os parques de campismo receberam 54,2 mil campistas (+1,5%) que proporcionaram 228,6 mil dormidas (+1,2%). Para o aumento das dormidas contribuiu apenas o mercado interno (+5,3%), dado que os mercados externos apresentaram um decréscimo de 1,3%. Os mercados externos predominaram, representando 60,4% do total das dormidas. A estada média (4,22 noites) recuou 0,3%.
As colónias de férias e pousadas da juventude registaram 17,0 mil hóspedes (-3,9%) e 31,7 mil dormidas (-9,0%). O mercado interno representou 71,3% das dormidas e apresentou um decréscimo de 11,6%. Os mercados externos recuaram 1,8%. A estada média (1,87 noites) diminuiu 5,2%.