Aviação europeia lança Destino 2050, um plano para reduzir as emissões de CO2

O setor da aviação europeia apresenta o Destino 2050, um projeto para reduzir as emissões de CO2 dos voos a nível europeu e mundial. O setor trabalha numa ação conjunta com governos e indústrias com o objetivo de atingir zero emissões para 2050, mantendo a competitividade internacional e os benefícios da aviação para a sociedade.

Para tal, a indústria terá de continuar a investir substancialmente na descarbonização e na inovação, bem como realizar as necessárias transições operacionais.

Por outro lado, os governos terão que garantir a igualdade de condições e facilitar a transição com incentivos e reduzindo os riscos de investimento.

Segundo o relatório Destino 2050, é possível atingir emissões mínimas de CO2 para 2050. Isso seria possível combinando quatro medidas essenciais, que alinham a aviação europeia com os objetivos climáticos da UE, sempre que se garanta o marco político e financeiro necessário a nível nacional e da UE.

As medidas são:
1. Melhoria das tecnologias nos aviões e motores poderá traduzir-se numa redução de 37% nas emissões;
2. Uso de combustíveis de aviação sustentáveis poderá levar a uma redução de 34% das emissões;
3. A aplicação de medidas económicas poderá conseguir uma redução de 8% das emissões.
4. As melhorias na gestão do tráfego aéreo e nas operações dos aviões poderão atingir uma redução de 6% nas emissões.

O relatório Destino 2050 pressupõe também um impacto na procura devido às medidas referidas, o que resulta no objetivo de zero emissões de CO2. No entanto, prevê-se que o número de passageiros aéreos europeus cresça a uma média de aproximadamente 1,4% ao ano entre 2018 e 2050 sem comprometer a capacidade o setor para atingir as emissões de CO2 nesse momento.

A iniciativa é dirigida por cinco associações europeias de aviação: ACI Europe, ASD Europe, A4E, CANSO e ERA.

Thomas Reynaert, diretor geral da A4E, sublinha “o compromisso e a determinação do nosso setor em desempenhar o nosso papel na luta contra as alterações climáticas apesar da atual crise. Um marco normativo sólido é fundamental para conseguir um futuro ambientalmente sustentável. Também ajuda uma indústria da aviação europeia financeiramente resistente e competitiva no seu conjunto”.