A Bedsrevenue analisou os dados de mais de 90 hotéis em Portugal e revelou que os segmentos Casais e Famílias foram responsáveis por 69% das reservas entre janeiro e setembro de 2025, consolidando-se como os principais motores da hotelaria nacional. O estudo mostra ainda uma recuperação consistente do turismo de negócios e um ligeiro recuo das reservas de grupos, sobretudo associadas a eventos e circuitos internacionais.
De acordo com os dados operacionais da Bedsrevenue, Casais representam 41% das reservas, seguidos por Famílias (28%), Business (19%) e Grupos (12%). O segmento Famílias apresenta o ADR mais elevado (178 €) e o RevPAR médio de 130 €, impulsionado por estadias mais longas e tipologias de quarto superiores. Já o segmento Business regista uma ocupação média sólida de 78%, apesar de valores médios mais conservadores, refletindo a importância deste público na estabilização das taxas de ocupação fora da época alta.
Entre 2022 e 2025, o segmento Famílias cresceu seis pontos percentuais, passando de 22% para 28% do total das reservas. Esta tendência confirma o reforço do turismo familiar e das estadias prolongadas, em linha com o aumento da procura por experiências de lazer em destinos nacionais. O segmento Casais também manteve crescimento constante, enquanto os Grupos recuaram ligeiramente, acompanhando a recuperação ainda gradual do turismo organizado.
A análise mostra igualmente diferenças relevantes entre hóspedes nacionais e internacionais. Os clientes internacionais apresentam um ADR superior em praticamente todos os segmentos, atingindo 185 € no caso das Famílias e 148 € nos Casais, refletindo maior poder de compra e estadias mais longas. Já o mercado nacional mantém uma presença forte nos segmentos Casais (54%) e Business (68%), funcionando como “base estável” na época baixa e contribuindo para a sustentabilidade do setor.
Segundo Bruno Ferrão, da Bedsrevenue, “a diversificação de segmentos é um pilar essencial para garantir estabilidade e crescimento. Os hotéis que conseguem equilibrar lazer e negócio têm melhores resultados anuais e menor dependência da sazonalidade. O foco agora deve ser reforçar o valor por cliente, através de estratégias de upselling, pacotes de experiência e diferenciação por perfil.”
O estudo conclui que, em 2026, os segmentos Famílias e Casais continuarão a liderar a procura, com potencial crescente para gerar receita adicional, enquanto o turismo Business e internacional serão determinantes para manter a ocupação estável ao longo do ano.




















































