Best Western quer 30 hotéis na Península Ibérica dentro de cinco anos

A Best Western quer ter 30 novos hotéis em Portugal e Espanha nos próximos cinco anos. O anúncio foi feito esta segunda-feira, dia 12 de dezembro, numa conferência de imprensa realizada em Lisboa.

Fundado em 1946, o grupo norte-americano com mais de 70 anos tem atualmente mais de 4000 mil hotéis em mais de 100 países, sendo que desses, 1300 hotéis estão presentes na Europa, incluindo dois em Portugal: o Dom Bernardo em Faro e o Inca Hotel, situado na cidade do Porto.

“O plano de expansão da Best Western para os próximos 5 anos, em Espanha e Portugal, passa por ter mais 30 hotéis. Gostaríamos de ter presença em Lisboa, a cidade mais importante do momento, mas também estamos atentos ao resto do país. Tanto em Portugal como em Espanha, as principais cidades serão as mais interessantes”, afirmou Oriol Maresch, diretor de desenvolvimento e operações para a Pensínsula Ibérica.

Com as negociações desses projetos a decorrerem neste momento, o responsável sublinhou ainda o suporte que uma marca internacional pode dar aos hotéis portugueses. “A sorte de ter a marca Best Western é a de que podemos abastecer clientes de todo o tipo. Temos a sorte de poder negociar com empresas, mas também temos acordos com grandes operadores de viagens como a Expidia, que interessam mais a hotéis mais virado para as férias”.

Para além disso, Oriol Maresch salientou ainda o programa de fidelidade Best Western Rewards, “que tem hoje em dia mais de 28 milhões de membros”. Portanto se um hotel adere à Best Western tem automaticamente 28 milhões de clientes potenciais repartidos por todo o mundo.

Em Portugal, durante o ano de 2016, a Best Western registou um volume de negócios de 3,1 milhões de euros, num aumento de 35% comparativamente a 2015.

Por seu lado, Neville Graham, diretor Internacional de Serviços e Hotéis Membros, destacou a falta de unidades na Península Ibérica, relativamente a outros países da Europa, como  a Grã-Bretanha e Alemanha, onde o grupo tem mais de 200 unidades. “Depois vemos a Espanha e Portugal onde temos sete unidades, portanto algo de errado tem sido feito”, declara.

“A mensagem chave é que temos que aumentar este número. Somos a única marca internacional, onde o hoteleiro pode gerir o seu próprio hotel, de forma independente, sendo que apenas está filiado na nossa marca. Se tens um hotel e te juntas à Best Western, automaticamente tens acesso a uma rede global de vendas, de marketing, revenue supports, e todos estes mecanismos que ajudam no crescimento de um negócio”, afirma.

Numa altura propícia para o setor do turismo, o responsável sublinhou ainda que este é um momento positivo para investir, em particular por considerar “que os hotéis têm dinheiro agora, porque o mercado está a correr bem”.

“Outro fator que é muito importante aqui é que nós taxamos muito menos do que a maioria das outras marcas. Temos uma taxa fixa e baseada no número de quartos da unidade. Existe uma companhia chamada HVS – Hotel Valuation Service, que calculou o custo de se negociar com uma marca internacional. Com a Best Western custou entre 5% a 6% do total de receita. Com outras marcas, o valor está entre os 12% e os 15%. Com a Best Western fazemos uma equipa e pretendemos ajudar. As outras marcas também farão isso, mas nós daremos a independência e a flexibilidade por um preço muito mais baixo”, finaliza.