Bestravel aumenta vendas em 2016 e confirma três aberturas até janeiro

Um crescimento de vendas de 14% e de margem de 17,1% é o balanço feito por Carlos Neves, administrador da Gecontur, master franchising da Bestravel, até meados de outubro. Isto num ano em que o número de agências da rede passou das 46 em 2015 para as atuais 42. O responsável, à margem da XIII Convenção da Bestravel que decorreu este fim-de-semana, no Vila Galé Clube de Campo, no Alentejo, explica que “a rede cresce muito bem organicamente este ano”, adiantando que “o nosso negócio não é vender franquias, é vender negócios que sejam rentáveis e sustentáveis a médio prazo”. Daí a redução do número de agências na rede, presumindo Carlos Neves que este ano seja agora um ano de inflexão, com três aberturas já confirmadas até final de 2016, ou janeiro, nomeadamente, Barcelos, Parede e Campo de Ourique. Havendo como data limite para abertura de novas franquias o mês de fevereiro, o responsável da rede de agências de viagens acredita que poderão abrir ainda mais três até essa data. Mas “não abiremos mais do que seis” ao todo, duas na região de Lisboa e outra no Centro de Portugal.

Do TOP 5 de vendas constam a Jolidey, Soltour, Soltrópico, TUI (ex-Nouvelles Frontières) e Travelplan. A Jolidey foi, segundo Carlos Neves, o operador que mais cresceu dentro da Bestravel, mas salienta ainda o crescimento da Turitravel. “São muito competitivos e têm uma dinâmica diferente”, justificou, esclarecendo que também negociou algumas garantias com a Turitravel para o destino Algarve logo em setembro do ano anterior.

No que diz respeito aos principais destinos, destaque para as Caraíbas, Ilhas e Costa Espanholas, e também Portugal. No mercado nacional, o Algarve sobressaiu, mas os destinos que acabaram por registar um crescimento maior foram a Madeira e os Açores. Cabo Verde e Saidia “tiveram vendas importantes”, e onde se verificou alguma quebra foi no destino Disneyland Paris.

Quanto a expectativas para o próximo ano, Carlos Neves garante que apontam para a manutenção desta trajetória de crescimento, sendo que este foi o terceiro ano em que a margem cresce mais do que as vendas.

Luís Henriques, diretor operacional e de rede da Bestravel, à conversa com a imprensa, também referiu que a aposta passará por “continuar a ter o equilíbrio de royalties que temos”, explicando que deverá ser “um equilíbrio quase perfeito para as agências não pagarem, e quase perfeito para nós no sentido de mantermos os parceiros satisfeitos com os crescimentos que têm tido ao longo destes anos”. O responsável admite que não é um equilíbrio simples mas “estamos no bom caminho, estamos no quinto ano deste modelo de royalties e, honestamente, já não nos passa pela cabeça regredir para o modelo anterior”.

Na prática, a Bestravel criou um modelo de parceria tripartida – master/agência/parceiros – na qual o valor dos royalties é “absolutamente insignificante”, esclarece Carlos Neves. Neste momento, “as agências são remuneradas para estar na rede e não o oposto”, explica o responsável, e mais de 80% das lojas não pagam um único fee de royalties à Gecontur.