Blue Shift: da gestão à hotelaria

A Blue Shift Portugal pretende posicionar-se no mercado português como “um agente de mudança no setor hoteleiro” que junta as áreas de gestão e consulting, com o intuito de desenvolver e reforçar estratégias de competitividade. Criada em 2012, a empresa coleciona até agora oito unidades hoteleiras sob gestão, num total de 650 quartos. Para o ano que se segue, a Blue Shift pretende alcançar novas metas e atingir a gestão de 15 unidades hoteleiras.

A génese deste projeto, que funciona há cerca de quatro anos, reside na gestão de unidades hoteleiras, de forma parcial ou integral, e pela parte de consulting, através do objetivo comum de potenciar os ganhos e reforçar a competitividade no setor da hotelaria.

Surgindo numa altura de “crise profunda” para o país, a Blue Shift assentou objetivos em quatro pilares fundamentais: “as receitas, os custos, a satisfação do colaborador e por último a satisfação do cliente”.

À época, Francisco Nogueira Pinto, atual CEO da Blue Shift, acumulara experiência, principalmente na Starwood e posteriormente, como diretor geral do grupo de hotéis Real. No ano de 2012, funda a Blue Shift e recebe em 2013, a tarefa de reabrir o Campo Real Resort, num período de 60 dias. Ao abrirem a unidade em apenas “45 dias”, a Blue Shift manteve um trabalho de gestão durante mais algum tempo, colocando de novo hotel na rota do mercado. “Entramos em abril e saímos em outubro”, altura em que entregam a gestão do hotel reaberto a “uma marca internacional”, sendo que o Campo Real se tornara assim, no “primeiro projeto da Blue Shift”.

Mais recentemente, em setembro, junta-se ao projeto Filipe Santiago, antigo administrador da Tivoli Hotels & Resorts, e que colabora atualmente com parceiro e Head of Development and Consulting da Blue Shift. Este responsável sublinha o facto de estarmos perante um projeto que proporciona “uma ligação maior entre o mundo da gestão e o mundo da hotelaria” e que pretende nos próximos anos ser “um catalisador da evolução qualitativa necessária do setor”.

Um dos fatores que pretende ser de diferenciação para a Blue Shift prende-se com uma solução 360⁰ para investidores e operadores do setor. Neste sentido, o portefólio de serviços que disponibilizam vai desde a consultoria à gestão integrada ou às áreas específicas de um hotel, estendendo-se ainda ao asset management para investidores não hoteleiros.

A Blue Shift apresenta-se assim como uma organização assente em nove “Achievement Centers”, liderados por especialistas em cada área de negócio, nomeadamente em ‘Rooms Operations’, ‘F&B Operations’, ‘RevenueManagement’ ou ‘Sales Management’.

Neste sentido, o serviço da Blue Shift oferece “todo o tipo de soluções, desde o projeto mais simples como um estudo de mercado até à gestão completa integrada do hotel”. Com os  “Achievement Centers”, a Blue Shift destaca um líder “que trazem o seu know-how para apoiar as equipas de projeto”, frisa Filipe Santiago. “No fundo, os achievers vão ser os grandes protagonistas a criar valor junto dos clientes”, acrescenta.

Seguindo este sistema, a Blue Shift integra um diretor geral “que em função das necessidades” vai recorrendo à sua equipa. Isto porque, tal como refere Filipe Santiago, o grande problema com que se deparam está “na falta de escala das organizações”. Por outro lado, a entrada da Blue Shift numa organização é feita por um ‘fee’ de base que é pago pelo proprietário ou operador e que depende dos resultados que forem apresentados.

Em relação aos casos de consultoria, a Blue Shift destaca um ‘projet manager’ e montada uma equipa, que combina consultores dedicados e responsáveis dos “Achievement Centers” relevantes. Entre os diversos serviços poderão estar estudos de mercado, desenvolvimento de conceito e análise de viabilidade económica de uma nova unidade, até à otimização operacional de uma determinada área de um hotel.

Por fim, a BlueShift pretende também inspirar e envolver-se na captação ativa de novos recursos humanos para o setor, através de uma relação de proximidade e parceria com as melhores escolas de gestão, com destaque para a Nova SBE e para a Universiade Católica de Lisboa.