Brasil é referência no turismo de natureza e aventura

Em 2014, quase 6,6 milhões de turistas converteram o Brasil num dos principais destinos do mundo para a prática de ecoturismo, turismo de natureza e aventura, de acordo com dados do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Com densas paisagens verdes, centenas de espécies selvagens, montanhas e cascatas, o Brasil é uma referência e o lugar predileto dos turistas mais aventureiros e amantes da natureza.

De facto, o país lidera o ranking de belezas naturais do Fórum Económico Mundial 2015, uma lista que inclui 140 países. De acordo com o Ministério do Turismo do Brasil, 24% dos turistas procuram atividades de natureza e aventura. Segundo um estudo do Ministério do Turismo do Brasil, realizado em parceria com o Departamento de Estudos e Pesquisas e a Secretaria Nacional de Políticas de Turismo, intitulado “Demanda Internacional 2013”, 17% dos portugueses que viajaram para o Brasil em lazer optaram por turismo de natureza e de aventura. O que não é de surpreender já que, de norte a sul do país, o Brasil apresenta inúmeras opções de lazer e aventura em cenários naturais que se estendem ao longo dos 8,5 milhões de km2 de território.

Manaus, Pantanal e a Foz do Iguaçu são, de acordo com a Embratur, os destinos com estas características com maior presença nos catálogos dos operadores turísticos portugueses.

 

Manaus: A capital do Estado do Amazonas é a principal porta de entrada para os visitantes que querem conhecer a floresta formada na maior bacia hidrográfica do planeta. Com mais de 5 milhões de km2 de natureza, a Amazónia continua a ser um dos locais no Brasil que mais visitantes atrai. De acordo com o ministro do Turismo, Henrique Alves, “a Amazónia é um dos principais destaques do turismo sustentável na região, que é geradora de renda para as comunidades locais”.

Não muito longe de Manaus estão os rústicos e confortáveis hotéis de selva, ou lodges, como são conhecidos, onde se convive de perto com a vida selvagem. Os hotéis na selva incluem passeios em canoas a motor pela mata alagada, caminhadas pela floresta, observar jacarés, pesca desportiva e visitas a aldeias que vendem o artesanato da região.

 

Pantanal: Eleito pelo USA Today como o quarto melhor destino para a apreciação de vida selvagem, o Pantanal é a região com maior densidade de vida selvagem do mundo e, por isso, um local ideal para se fazer um safari. Quando chove, o passeio passa a ser de barco, uma excelente opção para observar a vida aquática.

 

Parque Nacional do Iguaçu: O segundo parque mais visitado do Brasil, mundialmente conhecido pelas enormes cascatas localizadas na fronteira com a Argentina, acolhe uma vasta quantidade de espécies de fauna e flora, muitas delas em vias de extinção. É, por esse motivo, que este parque foi a primeira Unidade de Conservação do Brasil convertida em Património Mundial Natural da UNESCO (1986). Aqui podem fazer-se caminhadas, ciclismo, rafting, rapel, canopy tours (passeios pelas árvores), kayak ou simplesmente contemplar a beleza natural das cascatas.
Garantir a conservação

Sendo um dos destinos mais procurados para a prática de ecoturismo, um dos grandes desafios na gestão de políticas públicas é a conservação dos parques naturais. Por isso, o Ministério do Turismo está a trabalhar para converter estas zonas em Áreas Especiais de Interesse Turístico, para poder contar com uma legislação específica, licenças ambientais, linhas de crédito exclusivas e um regime tributário especial.
Para a coordenadora da Rede de Águas da Fundação SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro, este projeto será fundamental para a conservação dos parques. “Não há conservação sem uma indústria de turismo forte, que atue como aliado fundamental protegendo os parques naturais da degradação”, explicou.

 

[new_royalslider id=”28″]