BTL 2014: Como se criam condições de investimento?

&Criar condições para& investimento. Esta é uma expressão que anda na boca de todos os governos de todos os países. É uma prioridade que tem ocupado um lugar ao lado de outras prioridades incontestáveis como a paz ou inevitáveis como os chamados almoços grátis em que todos& beneficiamos e ninguém paga a conta. O problema é que para os políticos fazer algo para criar condições para o investimento obriga fazer algo que vai contra a sua natureza que é dar algo a ganhar aos outros sem recolher imediatamente aos lucros&, afirmou Adolfo Mesquita Nunes, Secretário de Estado do Turismo, na sessão de abertura do 1º Fórum de Negócios e Investimentos Turísticos no Espaço da CPLP, que está a decorrer na BTL.Na sua intervenção, Adolfo Mesquita Nunes deixou bem claro que, na sua opinião, para assegurar o retorno do investimento há que tem em conta três factores: ter receitas, ter custos reduzidos e ter riscos controlados. Em primeiro lugar as receitas. &Como sabem 2013 foi um ano muito positivo para o turismo em Portugal, tivemos números recorde que indicam não que tudo está feito, mas que estamos a caminhar na direcção certa da única forma que é possível fazê-lo, que é trazer para Portugal turistas e convencê-los a voltar&, afirmou. O segundo aspecto prende-se com a redução de custos que pode ser feita, segundo o Secretário de Estado do Turismo, de várias formas. &Pode ser feita, por exemplo, através de medidas transversais que facilitam o acesso& ao crédito por parte das empresas, ou por &via das medidas desenhadas para responder às necessidades especificas de empresas especificas em sectores específicos&. Por último, Adolfo Mesquita Nunes falou dos riscos de investimento, onde é obrigatório tomar medidas.& Para& o responsável, o Estado pode ajudar a controlar estes riscos, assegurando &que os privados não são impedidos de prosseguir a sua actividade quando o Estado não lhes consegue a resposta em tempo útil&, ou &exigindo uma comunicação e não um consentimento do Estado quando se inicia uma actividade. O ponto de partida para a relação entre o Estado e as empresas deve ser o direito destas fazerem o que entenderem para procurar satisfazer os seus clientes e não podendo o Estado impedir que elas funcionem livremente&.Adolfo Mesquita Nunes salientou ainda que &qualquer mudança exige flexibilidade&. &Flexibilidade que é essencial para que os empresários possam aproveitar as oportunidades criadas por medidas transversais a toda a economia como a reforma do IRC, o regime& fiscal para residentes não habituais e reformados, ou os vistos gold essenciais para recapitalizar, por exemplo, o segmento do turismo residencial&, acrescentou.&Que este fórum seja um bom começo de discussão entre os nossos países e as nossas economias com a expectativa de que para o ano mais do que um Fórum de Negócios de Investimentos Turísticos no Espaço da CPLP possam ter com a OMT& e também com a CPLP um Congresso Internacional que promova em Portugal aquilo que é o turismo no espaço da economia&, conclui& Adolfo Mesquita Nunes.No evento estão presentes também representantes de Moçambique, Cabo Verde, Timor Leste, São Tomé e Príncipe e Angola.&Por Raquel Pedrosa Loureiro