BTL pretende ser “a maior montra do turismo a falar português”.Saiba como

Fazer da BTL “a maior montra do turismo a falar português (Portugal, Brasil e África) é, já há alguns anos, a pretensão da organização da Bolsa de Turismo de Lisboa, que este ano se realiza de 2 a 6 de março. E a aposta no programa de hosted buyers, que se tem vindo a intensificar desde há dois anos para cá, é o instrumento que, segundo Fátima Vila Maior, diretora de feiras da FIL e responsável pela BTL, faz com que esta realidade seja percecionada nos mercados europeus.

Criado com o apoio da TAP, e contando atualmente com as parcerias dos hotéis de Lisboa, Turismo de Portugal, Grupo Barraqueiro e APAVT, o programa de hosted buyers da BTL é, segundo a responsável, “um instrumento fantástico de promoção do destino Portugal, uma vez que vendemos e podemos ao mesmo tempo mostrar o destino. Acaba por ser um dos grandes pilares de diferenciação da BTL relativamente a outras estratégias de internacionalização”.

Apesar deste ser um programa que já se realiza desde 2008, há dois anos foi constituída uma comissão de acompanhamento que definiu os mercados e segmentos prioritários. Na hora de escolher os buyers convidados há alguns parâmetros que têm de ser tidos em conta, nomeadamente, se são mercados estratégicos, tanto para a TAP, como para as agências regionais de turismo, e se têm qualidade. Para avaliar este último requisito, e antes de efetivar os convites aos compradores internacionais, a BTL envia a todos os expositores que participaram no programa de hosted buyers do ano anterior, um inquérito no qual pede sugestões de “buyers”. No entanto, critica, Fátima Vila Maior, “o nível de resposta a este email/inquérito é de 4%”. Na sua opinião, “enriquecia mais o programa se pudéssemos contar com mais sugestões”, acrescenta.

Assim, e de acordo com Fátima Vila Maior, a estratégia da BTL passa, atuamente, por convidar compradores de “mercados de proximidade na Europa e tradicionais. Obviamente que o mercado inglês é já um mercado maduro no Algarve, então a nossa abordagem no Reino Unido, por exemplo, teve como base, não só o Algarve, mas outras geografias de Portugal que não são tão conhecidas por este mercado, e com base noutros segmentos. Estávamos ligados ao Reino Unido no sol e praia, fomos lá buscar outros interlocutores ligados a outros segmentos. A filosofia é esta: encontrar novos interlocutores com novos segmentos”. Seguem-se os mercados do norte da Europa, a Rússia, o Brasil e os EUA, “que queremos agora começar a desenvolver, não só na ótica das cidades, mas também do MI”.

Para além deste programa, que conta com a parceria da TAP”, é feito ainda também, segundo Fátima Vila Maior, um convite a outros tour operadores que não constam do programa de hosted de buyers acima citado e que “dá a hipótese dos compradores virem a Portugal oferecendo nós o alojamento. Estamos a falar dos mercados da China, Japão, Filipinas, Índia e Turquia”. A BTL tem ainda uma parceria com a ACISO no âmbito do Workshop Internacional de Turismo Religioso que proporciona também aos participantes deste evento uma participação na BTL.

 
Mantém-se o programa de hosted buyers direcionado ao Brasil

A semelhança do que já aconteceu o ano passado a BTL conta, mais uma vez, com um programa de hosted buyers dedicado apenas ao mercado brasileiro, e que conta com o apoio da Embratur. O que quer dizer, de acordo com Fátima Vila Maior que, através de apenas uma plataforma, os hosted buyers internacionais poderão agendar reuniões, tanto com os operadores portugueses como com os brasileiros. “Com esta situação do real menos famosa, o turismo interno desceu muito no Brasil e portanto o Brasil tem que se voltar para a Europa e para os EUA, mas como ainda assim o euro está favorável que o dólar, o Brasil está muito interessado em captar turistas da Europa”, começou por explicar Fátima Vila Maior, acrescentando que “é um facto que para o nordeste brasileiro, por exemplo, o tráfego é feito pelo hub de Lisboa”. Ou seja, “o que fizemos com a Embratur e com a TAP foi convidar todos os tour operadores do norte da Europa, da Europa do leste, etc que querem fazer e que têm capacidade para fazer uma tour operação para o Brasil através de Lisboa, para virem à BTL”.