O Conselho de Ministros reclassificou, na passada quinta-feira, dia 7, como monumento nacional o conjunto do “Palace Hotel do Buçaco e mata envolvente, incluindo as capelas e ermidas, Cruz Alta e tudo o que nela se contém de interesse histórico e artístico, em conjunto com o Convento de Santa Cruz do Buçaco”.
De acordo com Rui Marqueiro, presidente da Câmara Municipal da Mealhada, “esta decisão do Conselho de Ministros vem corrigir um erro grave que tardava em ser corrigido e fazer finalmente justiça a um espaço majestoso e imponente, de rara beleza, único no país. Uma Mata Nacional que guarda nos seus 105 hectares de área murada um património de incomensurável importância histórica, cultural, ambiental, religiosa e militar, não podia continuar a ser apenas um Imóvel de Interesse Público, como era desde 1943”.
O presidente da Fundação Mata do Buçaco, António Gravato, subscreve as palavras de Rui Marqueiro e acrescenta: “é uma alegria enorme. É a melhor prenda de Natal que nos podiam ter dado. Fez-se justiça. Agora, temos o caminho facilitado para a candidatura que temos já em curso a Património Mundial da UNESCO, para além de que, com o estatuto de Monumento Nacional, também temos outras condições – mais favoráveis – em candidaturas a apoios comunitários”.
Recorde-se que a Câmara Municipal da Mealhada já adjudicou a empreitada de “Requalificação e Valorização da Mata Nacional do Buçaco – Recuperação do Convento de Santa Cruz e das Capelas dos Passos e da Via-Sacra”, uma obra orçada em um milhão de euros. Trata-se de uma obra complexa, já que a intervenção é sobre um património histórico, que terá em conta as exigências da Direção Regional de Cultura do Centro, com quem a Autarquia celebrou um contrato, assumindo-se como dono da obra e assumindo a componente financeira nacional do financiamento comunitário que vier a ser atribuído à candidatura apresentada pela Fundação Mata do Buçaco.