Câmara de Lisboa aberta à criação de um Comité com hoteleiros para resolução “rápida” de problemas de segurança na cidade

Interrogado sobre a problemática da segurança em algumas zonas da cidade de Lisboa, à margem do almoço mensal da AHP, Fernando Medina, presidente de Câmara de Lisboa, afirmou que “tem que ser criado um Comité”, no qual estejam representados a Policia de Segurança Pública, a ASAE e os representantes do sector do turismo e da restauração, “para que, em conjunto possam intervir com rapidez” em determinadas situações.

Na mesma ocasião, o responsável alertou para a necessidade da cidade de Lisboa de “se adaptar à sua nova realidade” que comporta um grande número de turistas diários. Segundo Fernando Medina, a prioridade do município é “cuidar da cidade” e nesse sentido, está em curso “o maior plano de pavimentação que a cidade já viu em anos”. Na mesma ocasião, o responsável deu conta de que o município irá investir 180 milhões de euros no plano de drenagem da cidade e cerca de 11 milhões de euros na requalificação do eixo central que trará a esta zona da cidade mais zonas pedonais e para bicicletas, praças e esplanadas.

Sobre o novo aeroporto de Lisboa, Fernando Medina explicou que o Município apoiou, desde o inicio a solução “Portela + Montijo” por ser a opção que poderá ser executada de forma mais rápida e com menos custos. “Não é a solução ideal mas de todas entendemos que seria a melhor quando já estamos à beira da ruptura da capacidade” do actual aeroporto, afirmou.

A chave do sucesso está “em gerir o equilíbrio”

Mostrando a sua oposição à tese de que “existem turistas a mais em Lisboa”, Fernando Medina defende que é necessário “cuidar do equilíbrio do desenvolvimento do turismo com a cidade”. “Não temos que limitar, regularizar ou castrar o turismo, temos que gerir os equilibrios”, afirmou o responsável, acrescentando que um dos grandes desafios é “alargar as zonas de fruição turística”.

Segundo o presidente da Câmara de Lisboa, há pelos menos três zonas/soluções que, quando trabalhadas, poderão vir a ser alternativa às zonas mais turísticas da cidade  (Baixa, Belém e Expo): “a Praça de Espanha, a expansão do Museu Nacional de Arte Antiga para a Avenida 24 de Julho e a conclusão do fecho do Palácio Nacional  da Ajuda onde serão instaladas as “jóias da Coroa”. Fernando Medina chama ainda a atenção para o potencial da Feira Popular que será “uma nova atração turística”.