Campanha do Turismo de Portugal “procura converter em negócio a notoriedade da marca que construímos”

Pedro Siza Vieira, ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, esteve ontem presente na apresentação da campanha do Turismo de Portugal, em Arouca, e fez questão de reforçar que a mesma “faz parte do nosso plano de reativação do turismo e procura converter em negócio a notoriedade desta marca que construímos ao longo dos últimos anos”. Falando na sessão de encerramento, o governante não hesitou em afirmar que “a notoriedade, força e saúde da marca Portugal manteve-se neste ano” e lembrou que este é o momento de nos abrirmos novamente ao mundo, e ao país. “Vamos colocar tudo o que são os atributos de Portugal para aqueles que nos visitam uma vez mais à disposição do mundo”, acrescentou.

O ministro aproveitou o facto de estar em Arouca, precisamente tendo como cenário a ponte suspensa 516 Arouca, para lembrar que esta se tornou um símbolo de “uma notoriedade internacional que Portugal afinou nos últimos anos, valorizando aspetos que normalmente não eram aqueles que apresentávamos ao mundo quando falávamos do país”.

A verdade, disse, é que nos últimos anos Portugal começou a atrair turistas de mais destinos, e começou a desenvolver produtos turísticos que pudessem justificar a atração de turistas ao longo de todo o ano, combatendo assim a sazonalidade.

Por outro lado, recordou, “procurámos também valorizar todo o território, evitando que aqueles que nos visitam se concentrem sempre nas mesmas localizações e possam descobrir tudo o que o país tem para oferecer”. Ou seja, prosseguiu, “transformámos o turismo numa oportunidade de valorização dos territórios, de criação de emprego e de dinamização empresarial”.

E são precisamente estes três atributos – diversificação de mercados, combate à sazonalidade e diversificação de destinos – que integram a Estratégia de Turismo 2027. “Foi uma estratégia particularmente bem sucedida, acompanhada de um conjunto de ações, seja na promoção externa destinada a estes mercados, seja na qualificação da nossa oferta, seja na estruturação de produtos, seja no apoio à valorização dos territórios que, ao longo dos anos, conseguiram traduzir-se em resultados tangíveis que são sentidos por todos os portugueses”, frisou Pedro Siza Vieira.

O governante voltou ao ano de 2019 para lembrar que foi então atingido o mais elevado nível de visitantes estrangeiros, e também de receitas. “Portugal é hoje um destino turístico de elevado valor”, garantiu. E explicitou: “Crescemos sobretudo em valor. Aumentámos o preço dos produtos e a capacidade de retenção de receitas no país”. Aliás, de todos os países mediterrânicos, Portugal é hoje o segundo país que mais receitas por visitante estrangeiro consegue obter, alertou o responsável, isto à frente de países como Itália, Grécia ou Turquia, e até mesmo de outros países europeus mais desenvolvidos, como é o caso de França.

“Estamos a fazer um caminho de notoriedade internacional à custa de uma capacidade de encontrarmos novos motivos de atração”, sublinhou Pedro Siza Vieira. E, apesar de o turismo ter sido uma das atividades mais atingidas com a pandemia de Covid-19, o governante fez questão de lembrar que sempre “manifestámos a confiança de que, quando normalizássemos a situação epidemiológica, a atividade turística ia regressar em força”. E é isso, afirma, que está a acontecer, pois à medida que os planos de vacinação se vão consolidando e que a acessibilidade aérea é recuperada, “continuamos a estar na frente das preferências dos visitantes estrangeiros”. Isto porque “procurámos manter a presença e a recordação de Portugal na mente dos que nos procuram mas também estivemos a trabalhar no sentido de apoiar as nossas empresas a manter a sua capacidade produtiva e a formar as pessoas para o regresso do turismo”, concluiu.