Castelo Branco passa a estar no “mapa” dos operadores turísticos

Castelo Branco foi a cidade escolhida pelo Turismo Centro de Portugal para acolher, durante os dias 21 e 22 de maio, o VI Fórum Turismo Interno, “Vê Portugal”. Em exclusivo à Ambitur.pt, Luís Correia, presidente da autarquia, afirmou que o turismo “é um setor muito importante” para Castelo Branco. Embora o concelho não “seja um destino turístico”, nem tem “essa tradição”, o responsável disse que “as potencialidades” (de Castelo Branco) devem ser “aproveitadas”.

De modo a potenciar este setor na região, a Câmara de Castelo Branco, nos últimos anos, tem criado um “conjunto de infraestruturas” que estão ao serviço do setor. A marca “Castelo Branco – Bordar e Receber”  já foi criada e está a ser divulgada por todo o país. No entanto, a promoção do concelho não se fica apenas pela marca. O autarca destacou mais três áreas: “natureza, cultura e sabor”, nas quais estão a desenvolver a chamada “promoção turística”.  

Relacionado com a cultura, a Câmara de Castelo Branco desenvolveu uma rede de museus que possibilitou a criação da “Rota dos Museus”, que inclui a Rota do Bordado, a Rota Histórica, a Rota Contemporânea, e a Rota do Patrinomio Industrial e onde se destaca o Museu Cargaleiro, o Museu Francisco Tavares Proença Júnior, a Casa da Memória da presença Judaica, o Centro de Interpretação do Bordado, o Museu da Seda, o Museu dos Têxteis, o Museu do Canteiro e o Núcleo Etnográfico da Lousa. Esta aposta na cultura é vista pelo autarca como “muito atrativa” podendo ser uma mais-valia para atrair turistas ao concelho, pelo fato de ter originado infraestruturas de excelência.

No que toca à natureza, Luís Correia evidenciou a criação dos percursos pedestres que abarcam nove rotas: a Rota da Gardunha, o Caminho do Xisto de Martim Branco, o Caminho do Xisto das Sarzedas, a Rota da Marateca, a Rota Poço dos Sinos – Sarzedas, a Rota dos Lagares – Almaceda, a Rota dos Moinhos – Almaceda / Sarzedas e a Rota Ribeira da Magueija – Sarzedas.

“Temos consciência que o turismo é uma oportunidade para o desenvolvimento do concelho”, sublinha o autarca, ressaltando que, na gastronomia, o sabor dos produtos endógenos de Castelo Branco têm uma valência de destaque: “são feitos tradicionalmente”. Neste leque, destaca-se “o vinho, o mel, o azeite e os enchidos”.

Questionado sobre os efeitos na aposta desta promoção, Luís Correia não tem dúvidas que Castelo Branco passou a estar no “mapa” dos operadores turísticos. “Sentimos que o concelho começou a ter visibilidade naqueles que operam” no turismo. No aumento da procura turística, o autarca afirma que “já começámos a ter notoriedade”.

O investimento do setor privado na região é, segundo Luís Correia, “muito importante”. “A Câmara não pode fazer tudo”, mas “garante o incentivo, o apoio e as condições” para o privado investir e apostar no turismo. Prova disso, é o investimento que está a ser feito num hotel, com cerca de 42 quartos e 84 camas, na zona industrial. “Este hotel já foi anunciado e vai ser investimento de um grupo privado”, afirma. Neste tipo de investimento, a Câmara garante a “aposta na promoção” e, por essa via, “vai ajudar qualquer investidor”, remata.