CBRE: Investimento imobiliário no setor hoteleiro europeu permanece estável

O investimento no mercado imobiliário europeu do setor hoteleiro atingiu os 23 mil milhões de euros nos últimos 12 meses, segundo o mais recente estudo da CBRE. Portugal registou um crescimento notável neste período com um investimento de 400 milhões de euros no setor hoteleiro, quadruplicando o valor verificado no período homólogo.

O investimento conseguido no primeiro trimestre de 2019 foi alavancado pelo crescimento contínuo registado no Reino Unido, na Espanha e Alemanha, indica a consulta. No Reino Unido, o volume de investimento no setor hoteleiro representou 35,5% do capital aplicado na região, nos últimos 12 meses, alcançando um total de 8,2 mil milhões, que se traduz num acréscimo de 15,1% face ao período homólogo. Este crescimento resultou sobretudo de um início de 2019 particularmente forte, com o primeiro trimestre do ano a registar uma subida de 24,5% em relação ao período homólogo.

Espanha continua a ser o segundo maior mercado europeu de investimento no setor hoteleiro desde o terceiro quadrimestre de 2018. Nos últimos 12 meses o volume de negócios foi de 4,2 mil milhões, superando o ano anterior em 17,5%. Já a Alemanha registou um crescimento moderado no volume de transações, conseguindo nos últimos 12 meses um total de 3,9 mil milhões, mais 7,1% do que no ano anterior, o que representa 17% do total do investimento europeu.

O investimento no setor hoteleiro em França somou um total de 1,3 mil milhões nos últimos 12 meses. Embora represente um declínio de 6% face ao período homólogo, este valor permitiu à França ascender à posição de quarto maior mercado europeu. Outras subidas notáveis registaram-se na República Checa (561%), em Portugal (346%) e na Suíça (209%).

Duarte Morais Santos, diretor associado da CBRE Hotels, sublinha que “após um ano recorde no investimento em hotéis em 2018, 2019 arrancou com excelentes resultados e deverá estabelecer um novo recorde histórico acima dos 500 milhões de euros, tornando-se numa das classes de ativos mais relevantes. A procura por investidores internacionais institucionais continua sólida, esperando-se o aumento da sua preponderância no contexto nacional nos próximos anos”.