CCC: “Há que reinventar para que seja possível criar dinâmicas e trazer o máximo de confiança às pessoas”

O Centro de Ciência do Café, em Campo Maior, volta a abrir as suas portas a 1 de julho, dia em que reabrem também as fronteiras entre Portugal e aquele que foi sempre um “mercado natural” para si, a vizinha Espanha. Embora algumas experiências e eventos não regressem, o espaço promete “reinventar” a sua interação e já nota alguma procura e regista “pré-reservas”. 

A data marcada para a reabertura é, deste modo, “simbólica” e a diretora do Centro de Ciência do Café, Cecília Oliveira, afirmou durante o Webinar Ambitur “Alentejo no Horizonte” – que contou com o apoio da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo – que “o espaço está quase pronto para receber os visitantes com toda a segurança” sendo “nosso objetivo trazer confiança às pessoas que entrarem por aquelas portas e nos forem visitar”.

O maior desafio é que “o café sempre foi muito associado ao convívio social” pelo que “queremos ao máximo manter essa partilha com todos os cuidados sanitários que se impõem”, atenta a diretora. Para isso, o Centro de Ciência do Café optou por criar roteiros de visita com “percursos para que as pessoas não se cruzem, com o cuidado de mantermos um número mínimo de pessoas dentro dos vários espaços”, apesar dos seus 3.500 metros quadrados, além da obrigatoriedade de pré-reserva para visitar o espaço. “Para podermos fazer uma gestão do número de pessoas sem que haja momentos de espera no exterior”, explica Cecília Oliveira.

O Centro apresenta a história do café, a sua ciência e cultura, de forma bastante interativa com recursos a diversos simuladores onde os visitantes têm de “tocar” e “esta foi uma preocupação nossa desde o início”, revela a responsável. Assim, para que o visitante possa continuar a interagir com a exposição permanente foi “implementada uma cabine de desinfeção com água imunizada logo à entrada”, por onde passam visitantes e colaboradores, além dos dispensadores álcool-gel que se irão encontrar próximos de cada simulador interativo.

A reinvenção da experiência do café 

Apesar de todos os cuidados, a diretora do Centro de Ciência do Café admite que “algumas experiências que proporcionávamos ao visitante não vão ser feitas nesta fase”, entre as quais, as provas de café. Além disso, a maior parte dos eventos que constavam na sua agenda, programada desde março até ao final do ano, “não vão ser possíveis de realizar porque implicavam muitas pessoas no mesmo espaço ao mesmo tempo”. Ainda assim, a 1 de outubro comemora-se o Dia Mundial do Café e o Centro “quer trabalhar alguns eventos e atividades que tragam as origens do café até nós”, em parceria com a Casa da América Latina e a Casa de Angola, produtores de café. “Há que reinventar para que seja possível criar dinâmicas mas, acima de tudo, trazer o máximo de confiança às pessoas”, defende a diretora.

Cecília Oliveira sabe que “não vamos receber neste momento grandes grupos e excursões mas estamos de braços abertos para receber aquele que é o movimento natural que já se nota na região, das famílias e grupos de amigos”. De facto, “sentimos que há essa procura e já temos pré-reservas feitas”, conclui.

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