CCC: “O maior desafio é transformar o património em produto turístico”

O Centro de Ciência do Café (CCC) sente-se “muito bem integrado” na região do Alentejo, cujo maior desafio foi sempre “transformar o património em produto turístico”. Agora, mais do que nunca, as entidades públicas e privadas devem unir esforços para proporcionar “experiências ricas” que mantenham por mais tempo os turistas na região. 

Para Cecília Oliveira, diretora do CCC, e uma das participantes do Webinar Ambitur “Alentejo no Horizonte”, que contou com o apoio da ERT Alentejo, os principais desafios são “restabelecer a confiança das pessoas” e manter a “proximidade de parceria com os promotores turísticos da região, país e da vizinha Espanha”, principalmente da Extremadura e Andaluzia, que foram sempre “um mercado muito natural para nós”. Segundo a mesma, é preciso “dar resposta” pois “as pessoas vão manter-se mais tempo numa determinada região” e o objetivo é “mantê-las com experiências que sejam ricas para toda a família, que elas recomendem e que as façam voltar”.

Na sua opinião, a identidade cultural de um território está relacionada com “os elementos culturais que fazem desse território e da sua identidade a sua diferença”. Assim, a diretora do Centro de Ciência do Café sublinha: “O entendimento da relação de identidade cultural e potencial económico, e a possibilidade de alcançar novos mercados, é aquilo que uma região quer e que o Alentejo tem feito tão bem.”

Além disso, o sentido de territorialidade dos atores locais, públicos e privados, “promove esse desenvolvimento integrado com características endógenas” e só juntos “conseguimos este desenvolvimento do turismo ligado ao património cultural”. O desafio da região, e do CCC, foi sempre “transformar o património em produto turístico” e agora “mais do que nunca”.

Embora o café não seja um produto endógeno do Alentejo, o Centro de Ciência do Café “nasceu ao lado daquela que é a maior torrefação do país e daquele que é um hábito muito português: o de tomar café”. Cecília Oliveira defende que “não encontramos sítio melhor em Portugal para que ele [CCC] tivesse nascido” pelo que “estamos muito bem integrados naquilo que é a região Alentejo”.

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