Ceia da Silva: O Alentejo é hoje uma região com “notoriedade”

O Alentejo foi a região que mais cresceu em Portugal no mercado interno e em proveitos. A declaração foi feita por António Ceia da Silva, presidente do Turismo do Alentejo e Ribatejo, sublinhando que, “nos últimos dois anos, os turistas que nos visitam consomem mais 30%”. Isto aconteceu graças ao esforço coletivo de todos os envolvidos que foram capazes de “mudar por completo a imagem do Alentejo”. O responsável falava no almoço de apresentação do XVI Congresso da Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal (ADHP), sublinhando que o Alentejo é hoje uma região com “notoriedade”.

Ceia da Silva anunciou ainda alguns projetos previstos na agenda para 2020 na região. “Estamos a criar as rotas do património cultural e material”, que serão muito viradas para a “tour operação de três ou de sete dias”. Destinadas para a venda, o presidente pretende que estas rotas sejam “fruídas pelo turista”, sendo necessário “estruturar todas essas linhas”. Estas rotas serão apresentadas muito em breve pela secretaria de Estado do Turismo, Rita Marques, adiantou.

Na área de estruturação do produto, Ceia da Silva afirmou ainda estarem em curso “32 projetos virados para o (segmento) internacional e para os hotéis venderem”. Na panóplia de produtos em preparação estão o cycling, Caminhos de Santiago, o enoturismo, entre outros.

Ainda dentro da agenda para 2020, o Turismo do Alentejo vai criar uma linha de gestão e conservação. Ceia da Silva refere que esta área é importante, até porque “não basta às regiões fazerem 3500 km cicláveis ou 1400 km de Caminho de Santiago” e “não haver gestão e conservação” nessas infraestruturas. “Estamos a criar produtos que, ao fim de três anos, não existem”, sustentou. A linha será assim “entregue, mediante concurso público, a privados”, de forma a que “haja alguém a gerir e a conservar”, afirmou.

Relativamente ao pacote de descentralização do Governo, Ceia da Silva não considera que o Turismo seja “um setor diferente dos outros!” Para o dirigente, “o Turismo é negócio, é ligação com os privados, é articulação e é gestão com todos os agentes”, pelo que “tem a sua a sua organização regional” e que “funciona”. Ceia da Silva acrescenta ainda que “não se justificam alterações” ao nível da organização do setor pois, sublinha, o Turismo tem registado crescimento.