Centro de Ciência do Café: Exposição temporária homenageia Rui Nabeiro

Desde 28 de março até 30 de junho o Centro de Ciência do Café está em festa, celebrando não apenas o seu quarto aniversário como também o aniversário do seu mentor, o Comendador Rui Nabeiro, com uma exposição temporária. E tal como Rui Nabeiro, cresceu num pequeno espaço (o antigo museu) que lentamente foi dando os seus primeiros passos até atingir o estatuto que tem hoje. Com apenas um ano, o CCC foi reconhecido como o Melhor Museu Português, único na Europa, que permite aos visitantes percorrerem a história, cultura e a ciência do café, da planta à chávena.

Rui Nabeiro mostrou desde muito cedo que queria ser alguém e que não iria conformar-se com uma simples existência. Tal como os cafezais são o sustento de muita gente, o “nosso” Rui, como lhe chamava a sua avó Jesus, não era apenas o sustento como também um ombro amigo de todos aqueles que o procuravam.

Manuel Rui Azinhais Nabeiro nasceu a 28 de março de 1931, o terceiro de quatro irmãos, na vila de Campo Maior, que hoje acolhe o Centro de Ciência do Café. Casou muito jovem com Alice que, ainda hoje, se mantém como seu porto seguro, e conta atualmente com quatro netos e sete bisnetos. Hoje, aquele menino que já empresário dizia ter apenas a 4ª classe, é reconhecido em todo o lado. Tem doutoramentos honoris causa, condecorações, comendas e continua a ser aquele ombro amigo sempre pronto a ajudar e, tal como o Centro de Ciência do Café, continua a querer crescer, apoiar e chegar até onde o sonho alcança.

Com apenas 13 anos começou a ajudar o tio, Joaquim dos Santos Nabeiro, na torra do café, numa Torrefação, propriedade dos tios e do pai. Quando o pai faleceu, tinha então 17 anos, assumiu a direção da Torrefação e, em 1961, formou a empresa Manuel Rui Azinhais Nabeiro, Lda, criando a sua própria marca, a Delta Cafés. 21 anos depois constitui a Novadelta e, em 1984, cria uma nova fábrica de torrefação, na altura a maior da Península Ibérica. O Museu do Café é inaugurado a 21 de dezembro de 1994 e, a 28 de março de 2014, é a vez do Centro de Ciência do Café abrir portas. Trata-se de um centro único na Europa, destinado à partilha da cultura, história e ciência do café, que é distinguido em 2015 como o Melhor Museu Português pela APOM.