A secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Rita Marques, que participou na VI Cimeira do Turismo Português, que decorre em Lisboa, apelou para que a atividade turística não fique parada à espera da nova solução aeroportuária para Lisboa. De acordo com a responsável, “o aeroporto da Portela representa 50% do tráfego aéreo nacional, temos um potencial extraordinário para trabalhar, que são os outros 50%”.
Analisando a questão da competitividade aérea em Portugal e remetendo para alguns desafios lançados por Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo Português (CTP) no discurso de abertura da Cimeira, Rita Marques considera que “o aeroporto de Lisboa é seguramente extremamente importante para o turismo, estamos articulados nessa grande ambição e reivindicação que o turismo vem de há uns largos anos apresentando”. No entanto, alerta a responsável que “o aeroporto da Portela representa 50% do tráfego aéreo nacional, temos um potencial extraordinário para trabalhar, que são os outros 50%”. Ou seja, para a secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços “temos de aguardar pela decisão relativamente a uma solução para o aeroporto de Lisboa, quanto a uma nova localização, mas o turismo até essa decisão chegar não pode desistir”. Salienta ainda a responsável que “temos vários aeroportos nacionais, façamos todos um esforço para que 50% do nosso tráfego aéreo nacional, que dependem de nós, possam ser angariadores de mais turistas, criando novos fluxos turísticos, sobretudo respondendo a um desiderato que é criar um maior indíce de coesão territorial, numa distribuição mais equitativa e justa no que ao turismo diz respeito dando a conhecer todo o nosso território”.
Remetendo para a estratégia do turismo português, orientada pela Secretaria de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, indica Rita Marques que “o que temos vindo a fazer é trabalhar com todos, com todos os aeroportos, com todas as infraestruturas aeroportuárias, com todas as companhias aéreas. Sei que algumas entidades regionais aqui presentes têm vindo a reclamar para as suas regiões, em articulação com os municípios, com as Comunidades Intermunicipais, mais apoios para a captação de rotas”. Considera a governante que “a criação de rotas é um trabalho contínuo, que temos vindo a desenvolver, mas também no mercado, sem grandes floreados ou holofotes. Hoje estamos a viver em Portugal uma retoma aérea acelerada, a aproximarmo-nos dos números de 2019, resultado do trabalho que foi feito e liderado pelo Turismo de Portugal, criando novas motivos de visitação, restituindo a confiança das companhias aéreas. Hoje estamos apenas a 10% das métricas das conectividades aéreas dos passageiros desembarcados”.
Por Pedro Chenrim