Coimbra recebe 1.ª edição da Feira de Emprego do Centro

Coimbra vai receber a 1.ª Feira de Emprego do Centro, organizada pela Bolsa de Empregabilidade. A iniciativa realiza-se a 9 de maio, no Convento de São Francisco, com o objetivo de facilitar a interação e a contração entre as empresas e os profissionais do turismo.

A informação foi avançada esta terça-feira, por António Marto, presidente da Associação Fórum Turismo e fundador da Bolsa de Empregabilidade. O responsável sublinhou que “os territórios do Centro são ideais para conjugarmos o trabalhar e o viver” e que têm “tantas oportunidades”.

Esta primeira edição da Feira de Emprego do Centro terá o mesmo formato que as outras iniciativas promovidas pela Bolsa de Empregabilidade, em Lisboa, no Porto e no Algarve. No entanto, António Marto mencionou algumas características particulares.

Os empregadores que participarem na Feira de Emprego do Centro terão de cumprir alguns requisitos, definidos pela Fórum Emprego em conjunto com o Turismo Centro de Portugal. Para marcarem presença “nesta ação de empregabilidade”, um dos requisitos é de que as empresas “têm de ter atividade no Centro” e “procurar ativamente ou ter ofertas de emprego” nesta região.

Sobre a quantidade de entidades empregadoras participantes, António Marto não avançou um número, mencionando apenas que o limite do espaço onde ocorre o evento tem a capacidade máxima para receber 50 empresas.

Relativamente aos candidatos, a Feira de Emprego do Centro considerou, como perfil inicial, os estudantes. Este não é o único nível de resposta, mas é o principal. Para a organização, o motivo destas ações de empregabilidade é impulsionar “quem está a começar a quer construir carreira”.

Também os inscritos no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), que procurem emprego nesta área, poderão participar. A Bolsa de Empregabilidade trabalha em articulação com esta entidade pública para notificar os utentes elegíveis. Os municípios têm aqui uma função semelhante, de acordo com António Marto.

Um último tipo de candidatos são “todas aquelas pessoas que procuram oportunidades de emprego”. Trata-se de qualquer participante que esteja interessado em trabalhar na área, mesmo que já esteja empregado, dentro ou fora dela.

No final da apresentação, o presidente da Fórum Turismo anunciou ainda que a Feira de Emprego do Centro terá um espaço dedicado a ‘start-ups’. Esta novidade nas iniciativas da Bolsa de Empregabilidade pretende mostrar que “o trabalho não é só feito à sobra de outro”, e que “a pessoa pode desenvolver o seu próprio trabalho autónomo”.

Uma iniciativa essencial para atrair novos colaboradores

Na apresentação da 1.ª Feira de Emprego do Centro, estiveram também representadas as entidades parceiras da iniciativa, nomeadamente a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), o Turismo de Portugal e o Turismo Centro de Portugal.

Carlos Moura, presidente da AHRESP, mostrou-se agradado com a realização de iniciativas como a Feira de Emprego do Centro, como resposta ativa à escassez de recursos humanos que tem vindo a preocupar o setor do turismo nacional, e que ainda é uma realidade.

Para o responsável, é preciso “criar as condições para que” o setor deixe “de ter tantas preocupações com colaboradores”, sendo para isso necessário gerar “grande atratividade” junto dos potenciais trabalhadores, especificamente a “gente nacional”.

Ana Paula Pais, diretora coordenadora do Turismo de Portugal, reconheceu igualmente a necessidade a atrair novos profissionais, nomeadamente os mais jovens. “Precisamos que os jovens se entusiasmem com o setor do turismo”, afirmou a representante do Turismo de Portugal, salientando que, para que isso aconteça, é necessário criatividade.

“A bolsa tem também essa virtude”, e pode consegui-lo, para “mostrar aos jovens que o setor é altamente retributivo”. Ana Paula Pais mencionou, neste ponto, exemplos como a realização profissional, a diversidade de funções ou a perspetiva de progressão na carreira que os empregos no setor do turismo permitem.

A “empregabilidade alargada a todo o país” é uma característica que a Feira de Emprego do Centro pode criar e que coincide nos discursos de Ana Paula Pais e Pedro Machado, presidente do Turismo Centro de Portugal. O responsável referiu a importância destas iniciativas em “acudir” aos vários territórios do país para promover a coesão territorial.

De resto, o responsável pelo turismo da região Centro mencionou “um dos valores maiores da nossa oferta turística” para o qual “uma bolsa de empregabilidade” é “um pilar fundamental”. Pedro Machado referiu-se assim à “hospitalidade portuguesa”, que considera ser uma das mais-valias na competitividade, “sobretudo internacional”, e que fazem dela um dos serviços mais exportados.

Por: Redação da Ambitur.