Com a chegada dos meses frios Algarve renova uma preocupação: a sazonalidade.

Os operadores hoteleiros já estão habituados à quebra nos meses de inverno, mas não desistem de contrariar o “fado da região”, indica o Jornal de Negócios. Há cada vez mais unidades a decidir fechar portas nesta altura, para fixar rentabilidade.

Apesar de representar uma em cada três dormidas em território português, o Algarve é a região turística que menos cresce nos primeiros sete meses do ano. Entre janeiro e julho, a taxa de variação homóloga relativa às dormidas é de 2.1%.

Com a chegada dos meses frios, a sazonalidade volta a ser uma preocupação. “O que marca o Algarve é esta fragilidade”, admite ao Jornal de Negócios Elidérico Viegas. O presidente da AHETA conta que se assiste a um “maior número de unidades que encerram durante a época baixa”, conciliando todos os esforços para o reforço da rentabilidade no período estival. Por isso mesmo não é esperado um aumento significativo no número de hóspedes ou dormidas nesta época baixa.

Elidérico Viegas acredita que 2015 “vai ser melhor do que o ano passado”, fechando com uma taxa de ocupação na ordem dos 60%. Com uma estada média superior a cinco noites em julho, o Algarve continua a puxar pela média nacional (3,22 noites) neste indicador.

Mas a região não desiste de contrariar o seu destino e de se promover durante o inverno. “Sinto que entre novembro e abril tem-se feito um trabalho no sentido de ter alguma programação no Algarve”, admite Bernardo Trindade, administrador da cadeia Porto Bay que também opera na região.