Combustível mais caro e valorização do dólar dificultam plano de reestruturação da TAP

A presidente da comissão executiva (CEO) da TAP, Christine Ourmières-Widener, disse hoje que o custo mais elevado do combustível e a valorização do dólar americano são obstáculos que tornam mais difícil a realização do plano de reestruturação. A CEO da companhia aérea está esta tarde a ser ouvida na Assembleia da República, na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, por requerimento do PSD e do PS.

“Os custos de combustível mais elevados e a valorização do USD são obstáculos que tornam mais difícil a realização do plano”, apontou a responsável, acrescentando que os custos estimados com combustível são cerca de 300 milhões de euros superiores ao anteriormente previsto e 200 milhões superior a 2019, segundo avança a agência Lusa.

No entanto, Christine Ourmières-Widener reiterou que a sustentabilidade e sobrevivência da TAP são “absolutamente possíveis”, apesar dos desafios. “Não podemos comprometer o futuro a longo prazo para resultados a curto prazo […] Estamos cuidadosamente otimistas”, acrescentou.

No âmbito do plano de reestruturação de que a TAP está a ser alvo, a Comissão Europeia impôs, entre outras medidas, que a companhia aérea não pode pedir apoio financeiro adicional ao Governo durante os próximos 10 anos, que a transportadora fique limitada a uma frota de 99 aviões, que liberte 18 slots no aeroporto de Lisboa e que aliene ou feche ativos não essenciais.

O presidente e a presidente executiva da TAP, Manuel Beja e Christine Ourmières-Widener, são hoje ouvidos no parlamento, sobre o plano de reestruturação, a situação económico-financeira e as opções de rotas, nomeadamente no Norte do país.