“Comercialização e venda devem ser missão das empresas”

“A comercialização e vende devem ser missão das empresas”, defendeu hoje Vítor Costa, director geral da Associação Turismo Lisboa (ATL), no painel “Promoção, Novos Rumos”, do 39º Congresso Nacional da APAVT, que hoje chega ao fim. Na sua apresentação, o responsável acredita que está errado dizer hoje em dia que “morreu a promoção”, pois o Estado é dono dos recursos e tem que os valorizar e transmitir aos vários mercados. Claro que concorda que existam apoios e parcerias nesta matéria, mas Vítor Costa sublinha que se devem conjugar as duas facetas. “Outra coisa será dizer que por uma questão de recursos, por haver menos dinheiro, possa haver menos investimento em campanhas, mas isso não quer dizer que esta seja a melhor solução”, explicou, na sua intervenção.Por outro lado, o director geral da ATL lembrou que é necessário distinguir o que se deve privilegiar na promoção, pois “a resposta não pode ser sempre a mesma”. Além disso, Vítor Costa criticou a ideia de que é importante ter acções e estratégias diferentes para cada mercado, dizendo mesmo que esta é “uma visão redutora” e defendendo que “temos que sementar o público a que nos dirigimos”.Como avançar para uma Agência Nacional de Promoção?Abordando ainda a questão de se avançar para a criação de uma Agência Nacional de Promoção Turística – com a Confederação do Turismo Português como interlocutor de primeira linha do SET e do Turismo de Portugal, as associações com participação efectiva no governo das ARPT e as empresas com participação na gestão das ARPT – Vítor Costa lembrou que apesar de haver uma solução consensualizada, é necessário olhar para alguns pormenores. Nomeadamente, saber se há consenso também sobre quem pode integrar esta agência, e ainda que missão a mesma terá (gestão e coordenação do sistema mediante contratualização com o Turismo de Portugal, uma parte da promoção e depois soluções regionais…).Por outro lado, que papel deverá ter o Turismo de Portugal na promoção turística, neste âmbito? E que programas irá a agência desenvolver? Por fim, somo será financiada? “A questão principal é saber qual o principal objectivo desta concertação”, faz questão de sublinhar Vítor Costa, acrescentando que se, por um lado, os privados, que vendem o que é público, não se podem dissociar das políticas públicas, por outro lado, o Estado tem recursos mas não tem produtos. “Deviam juntar-se num trabalho conjunto”, defende.