Companhias aéreas estudam eliminar classe “business” para dar mais lugares à “economy premium”

São cada vez mais as companhias aéreas que analisam a possibilidade de substituir uma parte dos lugares em classe business por espaços na classe economy premium, segundo uma informação publicada pela Bloomberg. Uma divisão da Lufthansa afirmou mesmo que já chegou a ser consultada por outras companhias asiáticas que queriam eliminar por completo esta classe business.

A classe economy premium situa-se num escalão abaixo da business e implica algumas melhorias face à economy, como lugares ligeiramente mais amplos, mais espaço entre as pernas e, por vezes, melhor oferta gastronómica e monitores de televisão maiores. Os lugares em economy premium ocupam normalmente quase menos dois terços de espaço do que os da classe business e são 10 vezes mais baratos de instalar, resultado assim mais apelativos para as companhias, diz a Bloomberg.

Além disso, os lugares em economy premium são mais rentáveis por metro quadrado de espaço na cabine, diz a Lufthansa. A transportadora alemã conta com cabines economy premium em todos os aviões de longo curso e revelou à Bloomber que está a ponderar substituir alguns lugares de business pela economy premium.

Segundo este artigo, a American Airlines, a United e a Delta, as três maiores companhias de aviação dos EUA, estão a instalar lugares de maior dimensão de economy premium nos seus aviões. Por sua vez, a Emirates, revelou no início do ano os seus primeiros lugares em economy premium, que incluem apoios para as pernas. Também a Finnair está a adicionar uma secção economy premium aos seus 27 aviões de grande dimensão, confirmou a empresa à Bloomberg. E outros operadores, como a Singapore Airlines e a British Airways, já acrescentaram estas secções antes d apandemia.

O CEO da Finnair, Topi Manner, afirma à Bloomberg que “o investimento foi uma decisão sensata” pois “a classe economy premium é o ativo mais rentável do avião, e a pandemia reforçou esta certeza”.