Conferência anual do Turismo “acima das expetativas” movimenta cerca de 800 participantes

A Conferência Anual do Turismo (CAT) 2018, que decorreu na passada sexta-feira, no Centro de Congressos da Madeira, no Funchal, superou as expetativas da organização, a Delegação Regional da Madeira da Ordem dos Economistas (OE), num dia em que não faltaram assuntos na ordem do dia, à volta do tema da ‘Rentabilidade’, com intervenções entusiásticas, ricas e até polémicas, como quando foi focada a questão da mobilidade entre a Madeira e o território continental.

“O painel revelou-se mais do que à altura daquilo que nós esperávamos, foi a junção de dez pessoas muito inteligentes, com muito conteúdo, acessíveis e abertas à discussão sem tabus”, referiu o presidente da Delegação da Madeira da OE, Paulo Pereira.

A delegação estima que durante o dia de hoje tenham passado pela CAT 2018 cerca de 800 pessoas, que puderam ouvir as diferentes intervenções e participar nos debates nos três painéis, com temas como Modelos de Financiamento, Infraestruturas e Transportes e Atividades Circundantes e os intervenientes António Trindade (CEO do PortoBay), José Theotónio (CEO do Grupo Pestana), Gonçalo Batalha (administrador e partner da ECS Capital), Martinho Fortunato (CEO da Marina de Lagos), Ricardo Ferreira (CEO do Lisbon Cruise Terminal), Chef Rui Paula (Chef e CEO do Grupo Rui Paula), Luís Correia da Silva (CEO do D. Pedro Golf) e Paulo Moura (CEO da Europcar Portugal). Paulo Pereira destacou ainda o papel de moderação dos três ex-presidentes da OE na Madeira, Carlos Pereira, Eduardo Jesus e André Barreto, que chamaram muito bem o auditório para o debate.

“Há oradores que não conheciam este evento e que ficaram muito surpreendidos com a dimensão da CAT, a qualidade do auditório e com a qualidade do acompanhamento mediático, o que é muito bom para a Madeira, para a OE e excelente para as empresas e economia em geral”, referiu.

Na abertura da conferência, Paulo Pereira foi crítico em relação à atuação dos governantes, pedindo que tivessem em conta que, “para o sucesso da sociedade e a sua prosperidade, é preciso rentabilizar as empresas” e “desburocratizar o sistema”. “É recorrente o excesso de burocracia e é impossível uma empresa tratar bem os seus clientes e também prestar um bom serviço quando tem de lidar com o excesso de regulamentação”, vincou, apontando que tal “afugenta investidores novos e estrangeiros”. “Além disso, temos em Portugal impostos altíssimos, ao nível dos modelos nórdicos que são sempre usados como referência, mas nesses países são muito mais amigos das empresas no que diz respeito à desburocratização”, salientou. “Em conclusão, os governos têm de gastar menos para poderem tirar menos do que as empresas e as famílias produzem”, rematou.