“O mundo gosta de nós, e agora? Nós temos de gostar também”, afirmou Ricardo Diniz, Embaixador Europeu para os Oceanos, nomeado em 2007 pela Comissão Europeia,&que há vários anosdedica o seu tempo a viajar e a dar a conhecer Portugal lá fora, na abertura da5ª Conferência Marketeer, este ano subordinada ao tema “Por que é que Portugalatrai?”. & O sol, a gastronomia, as praias e a hospitalidade do povo português são, segundoos oradores, alguns dos pontos positivos de Portugal que agradam a quem por cápassa. No entanto, os portugueses parecem não estar a valorizar estasvalências.Lá fora o país é bem visto, o que acontece “é que Portugal não temsabido ganharporque dá valor apenas aos aspectos negativos. O país tem tudooque precisapara ser vencedor”, constatou Carlos Melo Ribeiro, presidentedaSiemens. &Na opinião de Carlos Melo Ribeiro, Portugal tem capacidade para trazer, por ano, mais cinco milhões de turistas: “o Governo concentra-se em exportações e indústria, muito bem, são os dois pontos mais importantes. O maior exportador,cinco vezes maior que qualquer um, é o turismo, se trouxermos cinco milhões depessoas sobem todas as indústrias. E é o que precisa de menos investimentoporque já fizemos quase tudo do que é preciso”, afirmou.O golfe, os casinos eomercado chinês que estes atraem, o mercadoalemão eo segmento sénior, sãoparao presidente da Siemens, os segmentosideais deaposta. Para o&director geral&da MSC Cruzeiros em Portugal, Eduardo Cabrita, “Portugal tem obviamentecondições de atractividade não só para os cruzeiros mas para todo o tipo deturismo. O que falta é um plano coeso e de futuro”. De acordo com Álvaro Covões, Presidente da Everything is New, “Portugal tem um desígnio que é o Turismo. O nosso grande problema é a reorganização da oferta que temos”. Para o presidente da Everything is New, “a música começa já a ser umfactor de atracção maior do que o futebol”, e prova disso foram os 15 mil bilhetes vendidos lá fora para o Optimus Alive deste ano. Para o Presidente da Everything is New, há que “reorganizar a forma como recebemos e podemos atrairas pessoas”. “Nós internamente temos um problema que se chama preconceito. Como é óbvio, venha queGoverno vier, nós nunca vamos ver o Turismo de Portugal a falar de futebol.Porquê? Por preconceito”, afirma Álvaro Covões, acrescentando que no site do”VisitBritain”, por exemplo, há um espaço reservado à música e outro aofutebol.Em Portugal nunca se falaria na Liga Zon Sagres”. & Por Raquel Loureiro”