Congresso AHP: Luís Patrão frisa que “o turismo cumpriu todas as promessas feitas à sociedade portuguesa”

Turismo – Que Futuro Queremos?” é o tema da 30.ª edição do Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, organizado pela Associação de Hotelaria de Portugal (AHP). O Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, é o palco deste encontro, que começou ontem e termina hoje, reunindo associados, hoteleiros, parceiros da indústria, empresas e consultores que pensam turismo.

No primeiro painel “O Futuro do Turismo em Portugal”, Luís Patrão, ex-presidente do Turismo de Portugal entre 2007 e 2011, focou-se nos números do turismo nacional desde o “ponto de partida” (2007) ao “ponto de chegada” (2017). Apresentando números bastante positivos, Luís Patrão frisa que “o turismo cumpriu todas as promessas feitas à sociedade portuguesa”. Só em 2017, o número de hóspedes teve um crescimento de 54% e a percentagem de proveitos hoteleiros centrou-se nos 79%, face a 2007. “Alguma coisa havemos de ter feito bem”, diz o antigo responsável.

Admitindo que “estamos muito mais bem preparados do que estávamos há 10 anos”, Luís Patrão considera que “temos vindo a construir todas as condições necessárias” e que as expectativas foram superadas: “Nunca foi corrompida a visão do desenvolvimento do turismo nacional”, considera.

Apesar de tudo, há problemas a resolver. Considerando o turismo como “o maior e o mais visível unicórnio da economia nacional”, a intervenção de Luís Patrão focou-se então no Aeroporto de Lisboa. Apesar do aumento de “102% do número de passageiros”, registado nesta década, o aeroporto enfrenta, cada vez mais, problemas de capacidade. Para o ex-responsável do Turismo de Portugal, “o problema resolve-se de duas maneiras” construindo-se “um novo aeroporto” no Montijo e mantendo a Portela: “é importante Lisboa continuar a ter um aeroporto dentro da cidade” até porque “a interação dos dois aeroportos permite fazer aquilo que se chama a especialização de um aeroporto”, considera.