Congresso AHP: “Turismo de Portugal vai entrar na adolescência”

“Turismo – Que Futuro Queremos?” é o tema da 30.ª edição do Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, organizado pela Associação de Hotelaria de Portugal (AHP). O Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, é o palco deste encontro, que encerra hoje e que reúne associados, hoteleiros, parceiros da indústria, empresas e consultores que pensam turismo.

Painel 1

João Cotrim de Figueiredo, ex-presidente do Turismo de Portugal entre 2013 e 2016 e orador do painel “O futuro do turismo em Portugal”, focou-se no papel da entidade Turismo de Portugal, destacando a importância de haver “discussão” sobre a forma como “devemos investir” e não “tanto o volume de negócios”. Apesar de considerar que “tudo o que seja aumentos de promoção é uma boa notícia”, considera.

“O Turismo de Portugal já passou por muitas fases”, sublinha o antigo presidente, reforçando haver “fases na vida também das instituições”, na forma como elas se especializam e na sua autonomia. A entidade “vai sair da sua infância e entrar na adolescência”, mas, apesar de a idade não ser a mesma, “o espírito jovem deve ser mantido” defende.

No entanto, para João Cotrim de Figueiredo, há medidas que devem ser aplicadas a longo prazo. O antigo presidente diz mesmo que o país vai ter de “definir um mix entre o número de visitantes e o peso do turismo na economia”, algo que vai acontecer “mais cedo ou mais tarde”, afirma.

Por outro lado, ao nível de organismo, João Cotrim de Figueiredo considera que o Turismo de Portugal deve ter objetividade pelo poder político “entre ser uma Direção Geral do Turismo, uma correia de transmissão do poder político, ou uma OIE – Organização Independente Especializada, abrangendo uma maior autonomia, fazendo das suas especializações verdadeiros ativos. Por exemplo, o Turismo de Portugal é uma autoridade mundial na gestão do jogo, entre outros domínios que possui”.