#CongressoAHP: Hotelaria pretende que Governo alargue maturidades das Linhas de Crédito e de Apoio
“Realisticamente, temos de ser ajudados” considerou Bernardo Trindade, presidente da Associação da Hotelaria de Portugal, durante a abertura do 33º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, que decorre no Santuário de Fátima, em Ourém. De acordo com o responsável a ajuda por parte do Governo deve avançar em dois vetores, o primeiro na inclusão desta atividade no pacote de três mil milhões de euros anunciado pelo Primeiro Ministo para fazer face aos aumentos registados na eletricidade e do gás. De acordo com Bernardo Trindade, “sabemos do esforço do Governo na ajuda às empresas devido à pandemia. Ouvimos o nosso Primeiro Ministro a anunciar um pacote de três mil milhões de euros de apoio às empresas para fazer face ao aumentos dos preços da eletricidade e do gás, temos a expetativa de sermos incluídos nesse pacote. Só quem não é hoteleiro é que não sabe quanto impacta na demonstração de resultados de um hotel o custo da eletricidade e do gás, que garanto que é muito grande. Queremos entrar nesse debate, temos expertise entre os nossos associados para valorizar essa discussão.”
Por outro lado, o dirigente associativo apelou ao Governo a um alargamento das maturidades das Linhas de Crédito e de Apoio que foram concedidas no âmbito da pandemia. Para o responsável, “a saúde financeira dos nossos balanços, a autonomia financeira das empresas hoteleiras agravou-se durante a pandemia. As Linhas de Crédito de Apoio foram importantes, mas caminham para a sua maturidade”. Refere ainda que “com a incerteza da guerra da Ucrânia e da que resulta na nova ordem mundial, das cadeias de distribuição destruídas, a tesouraria futura é uma incógnita, necessitamos de alargar as maturidades das Linhas de Crédito e premiar os projetos em função das metas realizadas”.
Por Pedro Chenrim, em Fátima.