CongressoAHP2024: “A única coisa que vendemos no MICE é a confiança”

“Turismo de negócios e Mercado MICE: modo de sobrevivência ou oportunidade de renascimento?” foi tema de debate na última mesa redonda do 34º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, que se realizou a passada semana, no Funchal. Paulo Monge, diretor geral de Vendas do SANA Hotels, acredita que este é um negócio que vai continuar a crescer e espera que dure ainda muitos anos, até porque as empresas têm que apresentar os seus produtos, juntar os seus colaboradores e os seus parceiros. E, defende, “há algo que não se pode perder, o contacto físico”, adiantando que “o digital ajuda, mas não nos substitui”. Além disso, lembra que Portugal tem “características fantásticas” para que este segmento evolua: “Somos simpáticos, menos do que aquilo que pensamos mas somos um povo hospitalieiro; temos aeroportos com excelentes ligações para vários destinos; e temos um parque hoteleiro que, nos últimos anos tem crescido e apostado neste segmento”, enumera, nomeadamente os hotéis de 4 e 5 estrelas que estão a apostar muito no MICE. “Os eventos em Portugal correm bem”, garante o orador”, e depois de um ano de 2023 “fantástico, bejo 2024 com excelentes números”.

O Grupo SANA Hotels conta com a sua própria academia de formação para os colaboradores. Algo que Paulo Monge considera fundamental pois “a única coisa que vendemos no MICE é a confiança”. Ou seja, “a confiança de que o evento vai correr bem”. E como as expectativas dos clientes diferem sempre, é importante que a equipa que o recebe saiba ir de encontro a essas expectativas. “O produto que estamos a entregar deve fazer parte do conceito que foi criado para aquele evento e a parte da formação passa por entender quais as diferenças”, explica o orador. E sublinha: “apostamos muito nessa diferenciação, utilizando as mesmas pessoas para alturas distintas”.

Por Inês Gromicho, no Congresso da AHP, no Funchal.

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