#CongressoAPAVT: “Esta vai ser uma governação de ação, de proximidade e virada para o futuro”

Foram estas as palavras de Nuno Fazenda, recém-empossado secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, na sessão de abertura do 47º Congresso da APAVT, que decorre entre 8 e 11 em Ponta Delgada (Açores). No seu primeiro discurso oficial perante o setor turístico, o governante foi perentório em apontar três pontos que marcarão este período de governação: uma governação de ação, para resolver os desafios do presente; uma governação virada para o futuro, para construir futuro; e uma governação de proximidade com os territórios, as instituições, as empresas e os trabalhadores”.

O orador não deixou de elogiar todo o trabalho feito até aqui, quer pela anterior secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Rita Marques, como pela equipa da também secretária de Estado do Turismo Ana Mendes Godinho e do Turismo de Portugal, frisando que “é preciso reforçar o que tem sido bem feito”. Mas também acrescentou que “temos de fazer ainda mais e melhor, com visão e ação para o futuro”, não bastando a gestão do dia-a-dia, tendo sempre “a ambição de liderar o turismo do futuro”. E isto significa um país mais sustentável, mais digital e mais inovador, resumiu, bem como mais coeso e ainda mais aberto ao mundo.

A coesão territorial será, aliás, uma das grandes prioridades do Governo a nível do turismo, referiu Nuno Fazenda, explicando que “não há turismo sem a preservação e valorização do nosso património natural e cultural”.

A coesão territorial será, aliás, uma das grandes prioridades do Governo a nível do turismo, referiu Nuno Fazenda, explicando que “não há turismo sem a preservação e valorização do nosso património natural e cultural”. O governante garantiu que “seremos consequentes na mobilização de instrumentos e de apoios para o interior do país”. Por fim, Nuno Fazenda apontou como meta a dupla transição – climática e digital.

O responsável frisou que o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, tem como no turismo “um setor absolutamente estratégico para o país”, lembrando ainda que Portugal dispõe de uma estratégia para este setor, a Estratégia Turismo 2027, que é uma referência para o turismo nacional.

Mas não deixou de apontar que “o turismo é muito mais do que números” e que é necessário ver “o turismo para além do turismo”, pelo seu efeito multiplicador nos vários setores económicos como o agroalimentar, construção, maquinaria e equipamentos, tecnologia, infraestruturas e, igualmente, na projeção e afirmação de Portugal no mundo.

Não tem pois dúvidas de que “o turismo tem sido o rosto da recuperação económica e social do país”.

Além disso, convém lembrar, disse, que o turismo tem sido o motor da recuperação de crises no nosso país. Isso aconteceu na crise económica de 2011 e na recente crise pandémica, na qual ajudou a que Portugal retomasse a trajetória de crescimento. Não tem pois dúvidas de que “o turismo tem sido o rosto da recuperação económica e social do país”.

Recordando que, segundo a Comissão Europeia, Portugal será, este ano, o país da UE com maior crescimento económico, Nuno Fazenda adianta que esse crescimento se deve, em grande medida, ao papel da atividade turística, com o Banco de Portugal a prever que, em 2022, o país alcance um novo recorde de receitas turísticas. “Tal deve-se muito às empresas do turismo, aos seus trabalhadores e às instituições”, sublinhou.

Reconhecendo que a atual conjunto não é favorável, o secretário de Estado do Turismo garantiu que “cá estaremos para a agir e apoiar as empresas de todas as formas que cada momento político e social exige”.

Por Inês Gromicho, no 47º Congresso da APAVT, nos Açores.

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