Conhecer o México com a W2M (II): O Melhor da Riviera Maya

Ambitur prossegue a sua viagem por este país maravilhoso situado na América do Norte e que é delimitado a norte pelos EUA, a sul e oeste pelo Oceano Pacífico, a sudeste pela Guatemala, Belize e Mar das Caraíbas, e a leste pelo Golfo do México. Nesta segunda parte da press trip organizada pela World2Meet e o operador Newblue, o objetivo é conhecermos a Riviera Maya.

O México é muito mais do que sol e praia, que já de si fazem inveja a muitos destinos turísticos. Mas é também na oferta de opções de natureza e aventura, e de uma rica e colorida cultura, que reside o encanto deste país. E na Riviera Maya encontramos de tudo um pouco, ao longo de uma extensão de cerca de 130 Km que começa na vila de Punta Allen e se prolonga até Puerto Morelos. Aqui estão destinos bem conhecidos como Playa del Carmen, Akumal e Tulum, praias de águas cristalinas e cor azul-turquesa mas também rios subterrâneos e os tão procurados cenotes, que na verdade são mais de 10 mil na Península de Yucatán, rodeados de exuberantes selvas tropicais. Sem falar dos imponentes lugares arqueológicos, parques naturais e temáticos.

Começamos por uma excursão aos cenotes do Grupo Xcaret, piscinas naturais de água doce formadas por um dos maiores sistemas de rios subterrâneos do mundo. Da palavra maia “dzonot”, que significa buraco com água, ou poço, os cenotes eram considerados sagrados pela civilização maia e um canal de comunicação com os deuses. E há de tudo, desde os cenotes formados no interior de cavernas, aos semiabertos ou a céu aberto, bem como os que são totalmente fechados.

A verdade é que hoje são verdadeiras atrações turísticas e uma bênção refrescante dos dias quentes do México, mas não é permitido mergulhar em todos, já que muitos são considerados ecossistemas muito frágeis. A nós esperavam-nos quatro cenotes e, em cada um deles, foram-nos sugeridas uma ou mais atividades que tornaram a experiência ainda mais especial – desde o passeio de caiaque e um mergulho para explorar a vida subaquática num cenote semiaberto, passando ainda por propostas de tirolesa e saltos de penhascos para os mais aventureiros, e por uma impressionante descida em rapel até ao fundo de uma caverna de água fresca onde não faltam morcegos para nos lembrar que estamos no meio da natureza e que o habitat é deles. A experiência inclui almoço no local e o direito a umas horas bem passadas onde, por momentos, regressamos à infância com direito a boas gargalhadas mas sempre com um sentimento de enorme respeito por toda a natureza que nos envolve e connosco partilha o que tem de melhor.

Cansados mas sedentos de mais, partimos ao final da tarde para o Parque Xcaret. Aquele que foi, em tempos, um grande centro mercantil, é hoje um parque temático e aquático, com mais de 50 diversões naturais para todas as idades, imponentemente localizado no meio da selva entre rios subterrâneos, cenotes e o mar caribenho. Mas o grupo de jornalistas portugueses já vivera aventuras suficientes por um dia e estava-nos reservado algo bem mais tranquilo mas tão, ou mais, memorável. No teatro Gran Tlachco, o Xcaret México Espetacular oferece duas horas de entretenimento, enquanto degustamos um jantar gourmet de sete pratos que combina os vários sabores mexicanos. O cenário é impressionante, e conta com mais de 300 artistas no palco que nos levam a conhecer a cultura do país desde a época pré-colombiana, passando pelos tempos da Conquista, a Era Colonial, os primeiros anos como país independente, os anos da revolução no início do século XX até chegarmos aos dias atuais. Enquanto saboreamos a essência do México à mesa, somos transportados para rituais e jogos milenares, como o Jogo de Bola Maia ou da Bola de Fogo. Experiências que nos fazem voltar no tempo e reviver outras culturas e tradições.

 

Chichén Itzá, a cidade sagrada fundada pelos Itzá

E para sabermos mais sobre a civilização maia, viajámos até Chichén Itzá, uma cidade sagrada fundada pelos Itzá, também chamados de feiticeiros de água. Numa viagem de cerca de três horas de minibus, o objetivo era conhecer aquela que foi uma das cidades-estado mais importantes da América pré-hispânica e um dos locais arqueológicos mais visitados do México nos tempos de hoje. Localizada na Península de Yucatan é, desde 2007, uma das 7 Novas Maravilhas do Mundo e um ponto obrigatório de qualquer viagem ao México. E o ambiente que nos envolve assim que entramos em Chichén Itzá não deixa ninguém indiferente, levando-nos a querer saber tudo sobre esta civilização misteriosa e tão evoluída para os seus tempos.

Atualmente podemos encontrar seis ruínas maias na secção de Chichén Antiguo e mais 20 em Nova Chichén, ou Chichen Itzá, embora os trabalhos de reconstrução e escavações de novos edifícios seja permanente. Mas a mais imponente é, sem dúvida, a Pirâmide de Kukulcán, ou El Castillo. Um dos exemplos mais extraordinários da arquitetura maia, é uma pirâmide de quatro lados com um templo retangular no topo cuja fachada principal inclui duas colunas que representam serpentes com as mandíbulas abertas. Seria a entrada principal, sobre a qual paira uma máscara do Deus Chaac. Se gosta de curiosidades, fique a saber que, durante o Equinócio da Primavera, a 21 de março, e o Equinócio de Outono, a 21 de setembro, por volta das três horas da tarde, o sol projeta sete triângulos de luz na balaustrada do lado nordeste do castelo, que se movem em movimentos ascendentes e descendentes formando a silhueta de uma cobra. Desengane-se porém se está a pensar que pode escalar os degraus desta pirâmide. Hoje tal já não é possível em nenhum dos monumentos, por uma questão de segurança dos visitantes bem como de preservação dos edifícios. O que torna ainda mais belo admirá-los “de baixo para cima”, em todo o seu esplendor, e sem a multidão de turistas que, há alguns anos atrás, ainda se acumulavam numa tentativa de chegar ao topo de cada um, impedindo-nos de uma visão desafogada.

Mas em Chichen Itzá há muito mais para ver, como a igreja, um edifício quadrado com um escudo no telhado e uma sala abobada; a plataforma das águias e onças, com apenas quatro degraus, onde estes animais representam guerreiros que capturam vítimas para alimentar o Deus do Sol; ou a plataforma de Vénus, com escadas de cada um dos quatro lados, que provavelmente, como outros edifícios, teria uma função de palco para rituais ou cerimónias.

Não perca ainda o Templo dos Guerreiros, que se ergue a 12 metros do solo e se estende por 40 metros de largura, outra das estruturas mais impressionantes de Chichén Itzá. São quatro plataformas flanqueadas a sul e oeste por 200 colunas redondas e quadradas. E tem também de conhecer o Observatório, ou Caracol, um edifício em forma de torre circular assente numa plataforma com escada central, que foi todo restaurado com pedras originais. Por fim, não deixe de admirar o campo onde tinha lugar o Jogo de Bola Maia, mais um ritual cerimonial do que propriamente um desporto, que recorria a uma bola de látex líquido extraído de seringueiras que apenas podia ser arremessada com as ancas e as coxas. Outra curiosidade, diz quem sabe, a equipa vencedora era sacrificada, entregando a sua vida ao Sol.

E com esta visita ficámos a conhecer um pouco mais sobre os maias, sabendo que, por exemplo, Chichén Itzá foi apenas uma das grandes cidades por eles construída, tais como Tikal (Guatemala), El Caracol (Belize) ou Palenque, também no México.

E para nos sentirmos mais próximos desta civilização, prosseguimos esta nossa viagem de “imersão” no Cenote Chichikan, localizado em Valladolid, uma cidade colonial fundada em 1543. Neste cenote, além de podermos mergulhar numa piscina de água fresca que parece “caída do céu” depois do calor sentido em Chichén Itzá, a proposta é “mergulharmos” também a fundo nos rituais e tradições maias. Depois de sermos recebidos por um cântico de boas-vindas, a entrada faz-se através da Estação do Arco Maya, que marca o início das grandes civilizações. E a hora seguinte é passada numa típica aldeia maia, recriada para que o visitante possa entender melhor como este povo vivia, do que se alimentava, que artefactos utilizava para cozinhar ou o que produzia. Sabia que, para a cultura maia, o milho era muito importante pois, segundo o livro sagrado maia – Popol Vuh – as pessoas foram criadas a partir do milho? Noutra paragem deste percurso, a homenagem é feita ao cacau, que tinha o seu próprio Deus, Ek Chuah. Na verdade, os maias foram dos primeiros a usar este produto para consumo, torrando o cacau e produzindo uma bebida de chocolate picante. Já na estação da Hamaca, uma rede de descanso entrançada, sem um único nó, podemos ver o processo de fabrico desta peça de mobiliário que os maias desenharam e que tem a vantagem de ser leve e esticar-se facilmente, adaptando-se a qualquer posição do corpo. Tempo ainda para uma degustação do famoso hidromel, na estação de mel da abelha melípona, considerado muito especial pelos maias por apenas retirarem o pólen das flores sazonais e que apenas produzem entre um litro e litro e meio de mel por ano. Por sua vez, na estação do Xtanbentun, provamos um licor sagrado maia que resulta da fermentação de mel, cana-de-açúcar, anis e a flor de xtanbentun. Era usado para cerimónias especiais mas também como medicina tradicional. Por fim, a estação da pastilha elástica dá-nos a experimentar resina extraída da árvore de chicozapote, cujas funções são afastar a fome e limpar os dentes.

A não perder… uma noite no Coco Bongo

A nossa viagem ao México não poderia terminar sem uma noite num dos lugares mais icónicos da vida noturna deste destino: o Coco Bongo. A nós calhou-nos o espaço da Playa del Carmen (mas há também um Coco Bongo em Cancun) que, segundo a nossa guia, terá o espetáculo mais completo, estando localizado a apenas um quarteirão da famosa 5ª Avenida e rodeado de edifícios coloridos ao estilo caribenho. Na impossibilidade de recorrermos a comparações, o “nosso” Coco Bongo em nada deixou a desejar. Num espaço não muito grande, mas com vários níveis, um palco central e um palco superior, somos transportados para um ambiente inesperado de verdadeiro “show business”.

Música, dançarinos, acrobatas, jogos de luz e de fumo são alguns dos elementos que fazem parte desta grande festa, onde não nos resta outra opção a não ser acompanhar os ritmos contagiantes que nos envolvem. Se ao início o ambiente parece ser o de um “simples” cabaret logo percebemos que não faltam elementos-surpresa, como os artistas que voam literalmente sobre as nossas cabeças e fazem acrobacias ao som da música. E, ao longo de toda a noite, o espetáculo não para e sucedem-se excelentes imitações de outros artistas e outros tempos. É o caso do número “A Máscara”, inspirado no famoso filme dos anos 90, ou da homenagem aos Beatles, recuando até aos anos 60. Não falta o clássico “Moulin Rouge” e a personificação da canção “Lady Marmelade”, nem o tributo aos Queen, que nos leva a cantarolar temas famosos desta banda icónica como “Bohemian Rhapsody”. Pudemos ainda sambar aos ritmos brasileiros e tentar fazer o “moonwalk” com o inesquecível Michael Jackson.

Melhor despedida desta viagem pelo México seria, sem dúvida, difícil de encontrar. Cansados mas de coração cheio, a press trip chega ao fim mas regressamos com a certeza de que este é um destino para repetir.

Uma estadia no Iberostar Selection Paraíso Maya Suites
O grupo de jornalistas portugueses que viajou a convite da W2M ficou hospedado no Iberostar Selection Paraíso Maya Suites enquanto esteve na Riviera Maya. Este Tudo Incluído permite-nos desde logo mergulhar nesta cultura com uma réplica da lendária pirâmide maia de Chichén Itzá no lobby bar e uma das seis piscinas decorada como uma selva mexicana. São 434 suites e uma série de propostas aquáticas, provas de vinho, espetáculos, teatro e música ao vivo. A gastronomia não foi descurada com cinco restaurantes temáticos e acesso a outros 11 também instalados no complexo Iberostar da Riviera Maya onde, além deste resort, há outros quatro. Funcionam todos em regime de Tudo Incluído, partindo do Paraíso Del Mar e Paraíso Beach, que se integram na categoria mais básica (Iberostar), passando depois para o Selection Paraíso Lindo (12 edifícios estão encerrados e em renovação) e terminando no Grand Paraíso (300 quartos mais 10 villas, estas com jacuzzi, piscina privada e direito ao uso de bicicletas), este último só para adultos. O nosso Selection Paraíso Maya Suites conta ainda com cinco bares, um Sensations Spa com zona de água e menu de massagens e tratamentos e uma área Fit&Fun. O Star Camp dirige-se aos mais pequenos, de crianças a adolescentes, entre os quatro e os 17 anos. O complexo conta ainda com um centro de convenções, um centro comercial e uma pequena capela, além de um teatro.
Como ir?
A World2Fly/Newblue tem os seguintes voos para Cancun:
  • Lisboa – Cancun – domingos (até 29 de outubro)
  • Porto – Cancun – quartas-feiras (entre 19 de julho e 13 de setembro)

 

Por Inês Gromicho, no México, a convite da W2M.

Conhecer o México com a W2M (I): O melhor de Cancun à sua espera