Conjunto de preocupações do setor “devem ser o guião do futuro dos responsáveis do turismo e transportes do nosso país”

Na sessão de abertura do 27º Congresso Nacional da AHP, Luís Veiga, presidente da associação, destacou os “dossiers difíceis e críticos” que ainda se encontram em aberto no setor, nomeadamente, o modelo de organização territorial do Turismo em Portugal, taxas turísticas, direitos de autor e conexos, fiscalidade, o IVA, as SCUT, a privatização da TAP, as comissões de cartões de débito e crédito, a falência de grandes operadores turísticos, a revisão da lei hotelaria, a alteração ao regime de classificação de hotéis ou o alojamento local. Luís Veiga lembrou que no último ano cresceu o número de hotéis em Portugal (de 1177 para 1360) e voltou a chamar para o debate a temática do alojamento local, que conta já com cerca de 20 mil unidades no nosso país e que, na sua opinião, deverá, a prazo, “condicionar as cidades”, nomeadamente Lisboa e Porto.

O presidente da AHP voltou a questionar sobre se “o crescimento a que assistimos (no turismo) é conjuntural ou estrutural“. Criticando, mais uma vez, as alterações que foram feitas ao RJET, o responsável voltou a apontar o dedo ao trabalho da secretaria de estado do Turismo afirmando que “a tutela não vislumbrou vantagens na construção de um documento estratégico cujo debate permitiria saber onde estamos, onde queremos estar e como vamos lá chegar”. Por esta razão, “o debate será feito aqui, neste congresso”.

Por último, o presidente da AHP, afirmou que “o conjunto de preocupações” da associação devem “ser o guião do futuro dos responsáveis do turismo e transportes do nosso país”.

Lembrando alguns projetos de sucesso levados a cabo pela associação no último ano, como são o Tourism Think Tank, o lançamento do projeto de responsabilidade social e a renovação da imagem corporativa da associação, Luís Veiga afirmou que a AHP cresceu “em número de parceiros e fornecedores, em notoriedade e representatividade, porque crescemos em associados”.