O Governo liderado por Luís Montenegro anunciou a localização do novo aeroporto de Lisboa, recaíndo a escolha sobre Alcochete. Ambitur quis ouvir os Conselheiros sobre esta decisão e de que forma afeta o turismo em Lisboa e Portugal. Falamos hoje com Bernardo Trindade, administrador do PortoBay Hotels & Resorts e presidente da AHP – Associação da Hotelaria de Portugal.
Depois da última década de anúncios sobre um novo aeroporto para a região de Lisboa, a atual decisão do Governo parece-lhe definitiva, que passos se seguem?
Uma decisão é sempre uma boa notícia. Uma decisão com consenso político e técnico, melhor ainda. Importa pouco se demorou 50 anos, ou 15 anos depois de se ter falado em Alcochete pela primeira vez.
Não nos iludamos demorará 15 anos até à conclusão. Até lá temos de ter alternativas para não recusarmos 1,3 milhões de passageiros como em 2023 em Lisboa.
O que pode representar o novo aeroporto para a região de Lisboa em termos de novos investimentos turísticos?
Pode representar um reforço da competitividade de Lisboa como destino económico e social. É natural que Lisboa reforce ainda mais a sua vocação turística.
Poderá haver um crescimento considerável de turistas para Lisboa com a nova infraestrutura? Ou ainda é cedo para prognósticos?
Mais do que o número, importa que a cidade como plataforma de serviços possa entregá-los com qualidade. Esse é o desafio.
O TGV Lisboa-Madrid é uma das peças do puzzle que faltava para uma maior acessibilidade dos mercados europeus a Portugal?
Fundamental termos a ferrovia a acompanhar este esforço. Estamos atrasados. Estamos desligados do centro da Europa. Sejamos positivos, é o tempo de fazer e menos o tempo de especular. Avancemos.
Para a continuação do desenvolvimento turístico nacional que outros pontos chave são importantes ao nível de decisão do Governo?
A evolução e o interesse por Portugal requer obras no aeroporto de Faro, melhoria no Porto e na Madeira. Estes dossiers a par de Lisboa são mandatários.