Convento São Francisco reabre para alterar dinâmica cultural de Coimbra e da região

O Convento São Francisco, investimento de 42 milhões de euros, reabre na sexta-feira e com 12 mil metros quadrados para programação cultural e um auditório de 1.125 lugares quer alterar a vida e dinâmica de Coimbra e da região Centro.

O equipamento está dividido em três componentes, todas elas interligadas: a Igreja de São Francisco, o convento e o auditório – “a parte nova” -, afirma o presidente da Câmara, Manuel Machado. Neste novo espaço municipal da cidade, encontra-se uma relação entre “o património antigo”, de estilo maneirista coimbrão, e “a arquitetura contemporânea”, que tem a assinatura de Carrilho da Graça no convento e grande auditório, e de Gonçalo Byrne na intervenção na igreja, realça o autarca.

A coqueluche do São Francisco é o grande auditório, com 1.125 lugares (lotação próxima da Casa da Música). O auditório tem um fosso para orquestra sinfónica, seis cabines para tradução simultânea, uma boca de cena de 18 metros, condições “acústicas ímpares e uma relação com o palco quase única em Portugal” devido à distância reduzida entre o último espetador e a frente de palco, conta o consultor João Aidos.

Na entrada do convento, o corredor pode levar o visitante até a um espaço de boas-vindas, “Welcome Center”, que servirá como “centro de interpretação da memória da cidade” – uma espécie de ponto de partida para turistas que passem por Coimbra, explica Manuel Machado.

Nos dois pisos superiores do Convento, os espaços, dotados de várias salas polivalentes, estarão mais focados para a realização de conferências e eventos, havendo no segundo piso um salão que tanto pode servir para congressos como para área expositiva para as artes plásticas e visuais.

Já a Igreja de São Francisco, com um pé-direito de quase 30 metros, pode receber até 600 pessoas e terá seis quartos e uma cozinha para residências artísticas no piso superior.

Neste novo equipamento da cidade, há ainda um restaurante, um café-concerto, um pátio interior com esplanada, uma praça frontal e vários estúdios de ensaio, contando com 1.600 metros quadrados de espaço expositivo.

Manuel Machado olha para todo este equipamento como um “dos mais importantes” de Portugal. Por isso, quer que este tenha relevância em termos económicos, culturais e turísticos não apenas para Coimbra, mas para a região e para o país.