Corpo Santo Lisbon Historical Hotel nasce das ruínas para dar a conhecer a expansão portuguesa

O Corpo Santo Lisbon Historical Hotel “nasceu” há cerca de nove meses, num investimento total de 18 milhões de euros, pela vontade de “partilhar a história de Lisboa e de Portugal com todos os que o visitam, sejam turistas ou locais”, nomeadamente, através do seu núcleo museológico. A Ambitur.pt foi à descoberta do hotel na companhia do seu diretor geral, Pedro Pinto.

Situado no Largo do Corpo Santo, em pleno coração do Cais do Sodré, numa das zonas mais emblemáticas da capital, o Corpo Santo Lisbon Historical Hotel ocupa um local repleto de história que celebra os descobrimentos portugueses.

O hotel de cinco estrelas é composto por 79 quartos, dos quais oito são suites, algumas das quais instaladas no último piso com uma vista desafogada para contemplar o Tejo. Cada um dos cinco pisos do hotel leva o hóspede numa viagem pela história da expansão portuguesa no mundo, passando pelas Áfricas, a Ásia, o Brasil e, claro, por Lisboa.

[new_royalslider id=”794″]

Cada piso tem um aroma próprio, desenvolvido em exclusivo para a unidade hoteleira, que nos transporta a uma dessas regiões. O Corpo Santo Hotel espera, agora, juntar comida, bebida, literatura, flores e músicas de cada região, em cada piso, para acrescentar “mais caráter” ao edifício. As casas de banho têm sistema de cromoterapia, um tratamento que através da alternância de cores, estabelece o equilíbrio e a harmonia entre o corpo, a mente e as emoções.

Uma história debaixo da terra

O hotel Corpo Santo Lisbon Historical Hotel nasceu das “ruínas” da antiga calçada do Corpo Santo e da Torre de João Betão. Situado no piso -1, o núcleo museológico do hotel desvenda 32 metros de muralha fernandina, construída entre 1373 e 1375 para proteger a cidade de Lisboa da invasão espanhola. Pedro Pinto garante que o hotel procurou “o rigor histórico”, com a ajuda do arqueólogo António Valongo, e que “o desafio é o núcleo museológico nunca acabar”.

A localização não é tudo

São muitos os que invejam a localização do Corpo Santo Hotel, no entanto, Pedro Pinto garante que a localização ajuda mas não é tudo. De início, “tínhamos alguns clientes que não entendiam o sítio onde estavam”.

Assim, o hotel criou as walking tours, passeios turísticos diários e gratuitos para os hóspedes, das 10h30 às 16h00, e durante verão também à noite: “São duas horas a andar pela cidade, connosco, vamos ao Rossio, ao Chiado, percorremos uma série de lojas históricas”, ressalva o Pedro Pinto. A maior parte dos hóspedes são americanos, franceses e brasileiros e adoram visitar a livraria mais antiga do mundo, o café A Brasileira e beber uma ginginha. O passeio acaba na gelataria do hotel.

O diretor geral explica que “tivemos esta necessidade porque, de facto, os clientes escolhiam a localização mas depois não a valorizavam a 100% e esse é que é o grande desafio” que o hotel espera assim ultrapassar.

Restaurante Porter e Gelataria Lisbolato 

O hotel conta ainda com o restaurante Porter, cujo nome tem origem num tipo de cerveja inglesa produzida no Largo do Corpo Santo no século XVIII. O restaurante tem capacidade para 70 pessoas e divide-se em três áreas: bar, espaço para eventos e mezzanine, estando aberto das 07h00 às 01h30.

No passado mês de maio, o hotel abriu a Gelataria Lisbolato onde hóspedes e visitantes têm a oportunidade de saborear um gelado simples e requintado, com uma enorme variedade de opções. A gelataria está aberta das 9h00 às 19h00 e os hóspedes não pagam nada.