Cotrim de Figueiredo quer simplificar o sector do turismo

“O sector é muito complexo” e um dos desafios do novo presidente do Turismo de Portugal vai ser “simplificar” esta realidade, conforme avançou em declarações à imprensa, à margem do 39ª Congresso Nacional da APAVT, na Terceira. Para João Cotrim de Figueiredo há uma “tentativa de agradar a tudo e a todos, muito ao sabor dos ciclos políticos também, que não tem ajudado nada; e portanto a única coisa que as pessoas parecem estar todas de acordo é que o modelo de gestão daquilo que tem sido a actividade turística em Portugal, e considerando aqui interesses públicos e privados, não tem produzido os resultados que seriam de desejar e que Portugal merece e precisa”.Para o responsável, “o sector do turismo não é uma mera actividade económica, as pessoas têm que perceber que (este) é uma forma de ancorar um estilo e um modelo de desenvolvimento”. Continuando, o recém-nomeado presidente do Turismo de Portugal indica que “enquanto houver da parte das entidades públicas dispersão de prioridade em relação a este assunto, da parte dos privados dispersão da forma de representar os seus interesses, não vai ser possível transformar o turismo naquilo que ele tem efectivamente capacidade de ser”. E isto significa: “Uma actividade em si exportadora importante, criadora de emprego, de que toda a gente fala, mas também a tal âncora de desenvolvimento que permitirá que toda a sociedade, todos os portugueses, directa ou indirectamente associados ao turismo vivam muito melhor”. Resumindo, o responsável considera que “há uma dificuldade em haver uma representação clara, eu diria até dos interesses públicos do sector, mas sobretudo dos interesses privados, que são muito pulverizados e que têm tornado difícil a adopção de políticas que sejam estáveis e profundas”.